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Indústria portuguesa de componentes com crescimento em causa

A Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel poderá rever em baixa as expetativas de crescimento inicialmente previstas para 2024.

Caixa de velocidades Renault produzida na fábrica de Cacia, em Portugal

Depois de um 2023 histórico, a indústria portuguesa de componentes automóveis está a ter um 2024 mais difícil, com o primeiro semestre a mostrar resultados abaixo dos conseguidos no mesmo período o ano passado.

De acordo com dados disponibilizados pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), no mês de junho as exportações de componentes automóveis atingiram mil milhões de euros, o que se traduz num decréscimo de 11% face ao mesmo mês em 2023.

Em relação ao semestre, de janeiro a junho deste ano as exportações de componentes automóveis atingiram os 6400 milhões de euros, no entanto este valor ficou aquém do valor alcançado no ano passado, registando uma diminuição de 3,8% face a 2023.

Exportações de componentes para automóveis vs exportações totais de bens semestre 2024
© AFIA Exportações de Componentes para Automóveis vs Exportações Totais de Bens

A razão desta queda, de acordo com a AFIA, justifica-se em parte com a queda das vendas da indústria europeia: “representando 88,5% das vendas, o facto de caírem 5,1% para esse mesmo mercado, condiciona a produção da indústria nacional de componentes.”

Ainda assim, o peso das exportações de componentes automóveis continua a ser considerável, sendo responsáveis por 16% das exportações nacionais de bens transacionáveis.

“Por cada 100 euros exportados, 16 euros pertencem ao setor de componentes automóveis.”

AFIA

Para onde vão os componentes automóveis feitos em Portugal?

O principal destino destes componentes continua a ser o continente europeu, que concentra, como referido acima, 88,5% das vendas realizadas.

Já no que diz respeito aos 15 principais mercados, Espanha continua a ser a maior cliente dos componentes automóveis portugueses, com uma quota de 27,9%, seguida pela Alemanha (23,4%) e pela França (8,3%). A produção europeia agregada a estes países diminuiu 7,5% no primeiro semestre.

José Couto, presidente da AFIA, realça que, “estes resultados deixam-nos pouco otimistas em relação aos tempos que se aproximam, reforçando a necessidade de rever em baixa as expectativas de crescimento que tínhamos inicialmente previsto para 2024.”

Recordamos que o presidente da AFIA dizia em março que “a melhor expectativa neste momento é que em todo o ano se possa crescer à volta de 5%”.

Fonte: AFIA

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