Notícias China quer fábricas alemãs da VW. Sindicatos impõem uma condição

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China quer fábricas alemãs da VW. Sindicatos impõem uma condição

Com a Volkswagen perto de encerrar fábricas na Alemanha, começam a surgir os primeiros interessados. Se forem vendidas a uma marca chinesa será inédito no país.

Mãos a segurar logótipo da volkswagen
© Volkswagen

São vários os construtores e representantes do governo chinês a demonstrar interesse em fábricas alemãs, em especial nas fábricas em risco de encerrar do Grupo Volkswagen, avançou à Reuters uma fonte próxima ao Governo chinês.

Recorde-se que em meados do ano passado, o Grupo alemão tinha anunciado o eventual encerramento de diversas fábricas, no entanto, depois de várias negociações com o sindicato de trabalhadores, ficou estabelecido que apenas seriam encerradas a fábrica de Dresden este ano, e a de Osnabruque, em 2027.

A acontecer, seria um cenário inédito na Alemanha. Porque apesar de existirem fábricas chinesas de outras indústrias a produzir no país, nenhuma produz automóveis de marcas chinesas.

Fábrica Dresden volkswagen
© Volkswagen Torre de estacionamento na fábrica de Dresden da Volkswagen.

A presença do país asiático no maior mercado automóvel europeu, permitiria à China não só ter uma maior influência no mercado automóvel, como evitar as tarifas de importação de elétricos de até 45,3% (sobre os 10% já existentes) impostas pela União Europeia em 2024.

O interesse dos construtores chineses na produção europeia é algo que está a gerar preocupações dentro da indústria. Uma vez que se a China estabelecer fábricas na Alemanha, terá fortes implicações políticas e estratégicas.

O que diz a Volkswagen?

Apesar do destino incerto das fábricas de Dresden, que conta com 340 trabalhadores e produz o ID.3, e de Osnabruque, com 2300 trabalhadores onde é produzido o T-Roc Cabrio, o Grupo Volkswagen já tinha admitido estar à procura de “opções alternativas”.

Segundo um porta-voz próximo ao Grupo, a Volkswagen está aberta à possibilidade de vender as instalações de Osnabruque a um comprador chinês.

Sindicatos aceitam mas há “condição-chave”

O sindicato de trabalhadores, que tem sido incansável na luta contra o encerramento de fábricas, já se pronunciou sobre esta situação, afirmando que não têm nada contra produzir para um dos parceiros chineses da Volkswagen.

De acordo Stephan Soldanski, um representante sindical de Osnabruque: “Consigo imaginar-nos a produzir algo para uma joint venture chinesa… mas com o logótipo da Volkswagen e dentro dos padrões da Volkswagen. Esta é uma condição chave.”

Vender as fábricas pode ser mais barato para o construtor do que encerrá-las, conforme o avançado por uma fonte financeira do Grupo. O fabricante poderá encaixar entre 100 a 300 milhões de euros por cada fábrica.

Fabricantes chineses a caminho da Europa

São cada vez mais os fabricantes chineses que planeiam vir para a Europa, com o objetivo de contornar as novas tarifas de importação. A BYD, por exemplo, construiu uma fábrica na Hungria e outra na Turquia. Já a Leapmotor, está a produzir os seus modelos na Polónia, numa fábrica da Stellantis.

Fonte: Reuters

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