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VW confirma interesse de marcas chinesas em duas fábricas alemãs

As fábricas em risco de encerramento do Grupo Volkswagen, na Alemanha, poderão ser vendidas a construtores chineses.

Fábrica Osnabruque
© Grupo Volkswagen

O interesse dos construtores e representantes do Governo chinês, em fabricas alemãs do Grupo Volkswagen atualmente em risco de encerramento, foi recentemente confirmando por Oliver Blume, diretor executivo do Grupo. Em declarações à Reuters, Blume revelou que estão a negociar ainda que “sem decisões concretas”.

De acordo com Blume “é sempre positivo quando empresas investem na Europa… nós temos parcerias próximas com a China e, claro, têm havido negociações, sem decisões concretas”. Um porta-voz próximo do construtor alemão já tinha avançado que a Volkswagen estava aberta à possibilidade de vender algumas das suas fábricas a compradores chineses.

Atualmente, o Grupo Volkswagen tem três joint venture com parceiros chineses — SAIC, FAW e JAC — e detém ações na XPeng. Até agora, nenhum destes fabricantes tem capacidade de produção instalada na Europa, sendo que esta poderá ser uma forma de passarem a ter.

© Grupo Volkswagen A fábrica de Dresden do Grupo Volkswagen é responsável pela produção do Volkswagen ID.3.

Duas fábricas em jogo

No final de 2024, o Grupo alemão chegou a anunciar o encerramento de diversas fábricas, no entanto, depois de várias negociações com o sindicato de trabalhadores, ficou estabelecido que apenas seriam encerradas a fábrica de Dresden este ano, e a de Osnabruque, em 2027.

Vender as fábricas pode ser uma solução mais vantajosa do que simplesmente fechá-las, podendo representar um encaixe entre 100 a 300 milhões de euros, por cada fábrica.

O principal obstáculo às negociações será o sindicato de trabalhadores. Stephan Soldanski, um representante sindical de Osnabruque, já deixou claro que só produzirá algo “com o logótipo da Volkswagen e dentro dos padrões da Volkswagen”. Fique a saber o que está em causa:

A movimentação dos fabricantes chineses no continente europeu está a crescer, principalmente para evitar as novas tarifas de importação. A BYD, por exemplo, construiu uma fábrica na Hungria e outra na Turquia. Já a Leapmotor, está a produzir os seus modelos na Polónia, numa fábrica da Stellantis.

Fonte: Reuters

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