Notícias Limpem as lágrimas. Nissan anuncia o fim da produção do GT-R

Fim da linha

Limpem as lágrimas. Nissan anuncia o fim da produção do GT-R

A Nissan acaba de anunciar o final de produção do seu GT-R R35, 18 anos depois do lançamento. É a despedida do "Godzilla".

Nissan GT-R - 3/4 de frente
© Nissan

Ainda que fosse mais ou menos previsível, mais cedo ou mais tarde, este é sempre um daqueles momentos que nos custa. É preciso aceitar, puxando a caixa de lenços para mais perto de nós. A Nissan acaba de anunciar que deixou de aceitar encomendas para o seu GT-R (R35).

Através de uma mensagem publicada na sua página do Japão, a Nissan revelou que “encerrou a receção de novas encomendas para o GT-R, uma vez que atingiu o número de unidades previstas para a produção.”

Na continuação da mensagem, a Nissan acrescenta ainda que, “desde o seu lançamento, em 2007, o GT-R foi amplamente apreciado pelos clientes. A marca agradece a longa e contínua preferência por este desportivo”.

Nissan GT-R - detalhe do motor
© Nissan

E pronto, é o final de uma era. O mercado japonês era um dos poucos onde ainda era possível encomendar um Nissan GT-R novo. As unidades destinadas à América do Norte deixaram de ser produzidas em outubro do ano passado e na Europa a Nissan deixou de comercializar o GT-R em 2022, devido a novas regulamentações de ruído.

Não deixa de surpreender a longevidade deste desportivo no mercado e continuar a manter-se relevante ao fim de 18 anos de produção. Mais conhecido por “Godzilla”, o Nissan GT-R começou por ser acusado de ser demasiado pesado (perto de 1,8 toneladas) e digital.

Se na questão do peso, para compensar, teve sempre os préstimos do VR38DETT — o bloco V6 biturbo de 3,8 l que nesta última evolução produzia 570 cv, subindo para os 600 cv no GT-R Nismo —, na segunda questão, não podia estar mais longe da verdade. Apesar de toda a tecnologia a bordo, a experiência de condução era tudo menos digital.

A associação à saga de Gran Turismo e o ambiente tecnológico que esta ligação ajudou a trazer para o habitáculo do Nissan GT-R, tornaram-no num dos desportivos mais desejados da atualidade.

O que se segue?

Esta é a pergunta de um milhão de euros, mas para a qual ainda se desconhece qualquer resposta. Os rumores afirmam que uma próxima geração poderá ser baseada num sistema de propulsão 100% elétrico.

Uma solução que foi antecipada pelo protótipo Hyper Force em 2023. O estilo era exagerado, mas a identidade GT-R estava presente em diversos detalhes — logótipo dianteiro e as quatro óticas redondas traseiras, por exemplo. No total anunciava 1000 kW de potência, o mesmo que 1360 cv, entregues por um número indefinido de motores elétricos.

Nissan GT-R - linhagem
© Nissan O Nissan GT-R R35 representa a continuação de um enorme legado na Nissan.

Outra solução que tem sido levantada é um sistema híbrido, focado na performance e não tanto na eficiência, seguindo o exemplo que temos visto noutros desportivos e superdesportivos. Mas, lá está, por enquanto não passam de rumores.

O respeito que a marca tem por esta linhagem é enorme e isso até nos descansa um pouco, pois dificilmente veremos esta sigla num qualquer SUV de “características mais desportivas”. Ainda assim, resta esperar.

Pelo menos, enquanto a Nissan tem coisas mais importantes com que se preocupar, tais como… a sua própria sobrevivência.

Sabe esta resposta?
Quantas unidades do Nissan GT-R50 by Italdesign foram produzidas?
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Pode encontrar a resposta aqui:

Ninguém quer comprar este Nissan GT-R de um milhão de euros