Notícias VW e sindicatos chegam a acordo mas não impede corte de 35 mil postos de trabalho

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VW e sindicatos chegam a acordo mas não impede corte de 35 mil postos de trabalho

Serão eliminados 35 mil postos de trabalho até 2030, mas o acordo entre a Volkswagen e os sindicatos evitou o encerramento de fábricas.

Mãos a segurar logótipo da volkswagen
© Volkswagen

Após semanas de intensas discussões, o Grupo Volkswagen e o sindicato IG Metall chegaram finalmente a um acordo que, nas palavras dos líderes dos sindicatos, foi um “milagre de Natal”.

As discussões entre o Grupo Volkswagen e os trabalhadores começaram em setembro, sendo que desde essa altura milhares de trabalhadores cruzaram os braços em protesto contra cortes salariais e ameaças de encerramento de fábricas, aumentando a pressão sobre a direção da empresa.

Fábrica da Vollkswagen. Wolfsburgo
© Volkswagen Fábrica da Volkswagen em Wolfsburgo.

Agora, cinco rondas de negociações, mais de 70 horas de conversações e duas greves (que envolveram 100 mil trabalhadores) depois, os dois lados chegaram finalmente a um entendimento:

“Nenhuma fábrica vai ser encerrada, ninguém vai ser despedido por razões operacionais e o nosso acordo salarial será garantido.”

Daniela Cavallo, chefe do sindicato de trabalhadores

Contudo, o grupo alemão acordou com o sindicato cortar mais de 35 mil postos de trabalho nas fábricas alemãs até 2030, de uma forma “socialmente responsável” (reforma, etc).

Esta medida vai permitir à Volkswagen poupar mais de 15 ml milhões de euros.

O que vai mudar

Apesar dos 35 mil postos de trabalho que vão ser progressivamente eliminados, os sindicatos conseguiram com que a Volkswagen desse um passo atrás na eliminação do acordo de salvaguarda de postos de trabalho (vai ficar em vigor até 2030).

Em troca concordaram com a eliminação de vários bónus, a redução do número de aprendizes que conseguem emprego permanente e a redução da capacidade instalada em cinco fábricas.

Neste último ponto, a Volkswagen verá a capacidade instalada de produção ser reduzida em cerca de 730 mil unidades. Por outro lado, garante que se mantenham abertas e operacionais as três fábricas alemãs que, inicialmente, a Volkswagen pretendia encerrar. Vai implicar, no entanto, importantes mudanças.

A fábrica de Zwickau vai continuar a produzir o Audi Q4 e-tron e receberá um projeto para reciclagem automóvel. A sua capacidade instalada, no entanto, deverá diminuir bastante com a transferência da produção dos Volkswagen ID.3 e ID.4, e o CUPRA Born para Wolfsburgo e Emden.

Wolfsburgo, a principal fábrica da Volkswagen na Alemanha e também a sua sede, vai mesmo perder a produção do Volkswagen Golf, que será transferida para o México. No entanto, em 2028, irá receber a produção do novo Golf elétrico, cuja plataforma está a ser desenvolvida a meias com a Rivian.

A fábrica de Dresden, que também produz o ID.3, tem um destino incerto, com o fim das suas operações marcado para o próximo ano. O Grupo afirma estar à procura de “opções alternativas”, mas garante que a fábrica não vai ser encerrada.

“O acordo alcançado nas negociações coletivas marca um passo importante no caminho para tornar a Volkswagen AG mais competitiva na Alemanha. Estamos verdadeiramente gratos aos nossos colaboradores pela sua disponibilidade para chegar a este acordo, que demonstra a nossa determinação comum em enfrentar os desafios juntos. O trabalho a sério começa agora”, escreveu Arno Antlitz, diretora-financeira do Grupo Volkswagen no Linkedin.

Fonte: Automotive News Europe

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