Grupo VW e Rivian oficializam parceria de 5,45 mil milhões. Qual é o plano?

O Grupo Volkswagen e a Rivian Automotive acabam de formalizar a joint venture anunciada no passado mês de junho. Através desta, as duas empresas pretendem desenvolver uma nova arquitetura elétrica e uma nova geração de software.

O acordo avaliado em 5,8 mil milhões de dólares, o mesmo que 5,45 mil milhões de euros, apoia-se na tecnologia da Rivian e na escala global do Grupo Volkswagen.

RJ Scaringe, diretor-executivo da Rivian, esclarece que o âmbito desta joint venture limita-se à eletrónica, a arquitetura de redes e o conjunto de software (software stack).

“Qualquer tipo de parceria, seja a possibilidade de produção conjunta, partilha de plataformas e hardware de propulsão (motores, inversores, etc), seria independente e separada daquilo que estamos a anunciar hoje”, rematou em declarações à Autonews.

Os resultados práticos da parceria

Veremos os primeiros frutos desta parceria nos próximos modelos da Rivian, incluindo o futuro crossover R2, mas também na nova geração de modelos 100% elétricos da Volkswagen que devem começar a chegar ao mercado em 2027. Entre eles, os projetos da marca Scout, apresentados recentemente.

Para Oliver Blume, o diretor-executivo do Grupo Volkswagen, esta parceria com a Rivian é “o próximo passo lógico” na estratégia de software do grupo alemão. Segundo Blume, trata-se de um movimento estratégico para fortalecer a competitividade e a capacidade tecnológica global do grupo.

Já para o diretor-executivo da Rivian, RJ Scaringe, a conclusão desta joint venture com a Volkswagen representa uma “importante etapa” na transição mundial para veículos elétricos. Além disso, não esconde algum entusiasmo pela possibilidade de integrar tecnologia da Rivian em modelos de outras marcas.

Apoio financeiro estratégico

Esta parceria é também crucial para a Rivian, que enfrenta perdas financeiras significativas. Só no terceiro trimestre deste ano, a empresa americana registou um prejuízo líquido de 1,1 mil milhões de dólares (1,038 mil milhões de euros).

As perdas são justificadas pelas reduções verificadas em produção e entregas, o que levou a uma diminuição das receitas em cerca de 35% face ao período homólogo.

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Mariana Teles

As equipas criadas com esta parceria ficarão localizadas em Palo Alto, na Califórnia, mas também em três outras localizações previstas na América do Norte e Europa. Com esta estrutura, ambas as empresas vão poder acelerar o desenvolvimento de novos projetos, ao mesmo tempo que conseguem reduzir custos.

André Mendes

Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

Volkswagen

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