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Grupo Volkswagen e SAIC poderão encerrar fábricas

A Volkswagen poderá encerrar uma das fábricas que possui em conjunto com a SAIC na China por falta de procura nos modelos a combustão.

De acordo com a Bloomberg, o Grupo Volkswagen poderá estar em vias de encerrar uma das fábricas que possui em conjunto com a SAIC na China. Motivo? O decréscimo da procura por carros a combustão, que deixou o Grupo com “excesso de capacidade de produção” nas suas fábricas dedicadas a esta tecnologia.

Uma das unidades em causa é a fábrica de Nanquim, que poderá encerrar já no próximo ano. É nesta unidade que são produzidos o Volkswagen Passat e alguns modelos da Skoda.

Ainda não foram tomadas decisões oficiais nesta que é a parceria mais antiga do Grupo Volkswagen com um parceiro chinês, e que garantiu à marca alemã a liderança deste mercado por mais de duas décadas. Uma liderança que agora pertence a outra marca chinesa, a BYD.

A fábrica de Nanquim tem uma capacidade anual instalada para a produção de 360 mil automóveis.

Mas a fábrica de Nanquim não é a única afetada. Uma outra fábrica, localizada em Ningbo, que produz vários modelos da Skoda tem estado inativa nos últimos meses e também poderá «fechar portas», afirma a mesma fonte.

Em resposta à Bloomberg, a Volkswagen China afirmou “que todas as fábricas da Volkswagen e da SAIC estão a operar normalmente tendo em conta as exigências do mercado”. E qual é a exigência do mercado? Mais veículos elétricos, pelos menos na China.

China cada vez mais EV

Enquanto na Europa as marcas estão a ser «apanhadas de surpresa» pelo arrefecimento da procura por elétricos, na China a procura por esta tecnologia parecer ter acelerado de forma repentina. Inclusivamente, a Volkswagen aumentou as suas vendas de elétricos em 23% para 190 820 unidades no ano passado.

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Recordamos que agosto, as vendas de veículos elétricos e híbridos na China cresceram 43%, atingindo 1,03 milhões de unidades. Já na Europa, no mesmo período, as vendas de elétricos e híbridos plug-in desceram 36% e 22,1%, respetivamente, segundo a ACEA.

Fonte: Bloomberg