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Volkswagen desvia milhões dos elétricos para motores de combustão

Um terço do investimento do Grupo Volkswagen para a digitalização e eletrificação será desviado para a renovação dos motores de combustão.

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© Volkswagen AG

Os italianos têm uma expressão muito popular que é “galinha velha faz bom caldo”. Pois bem, parece que o Grupo Volkswagen está a descobrir isso mesmo relativamente aos motores de combustão. O gigante alemão tinha como objetivo vender 80% de carros elétricos até 2030 mas o mercado não está a corresponder ao ritmo esperado.

Por isso a administração do gigante alemão decidiu rever os planos. Vai desviar um terço do orçamento destinado à digitalização e eletrificação para apostar na renovação dos motores de combustão do grupo.

Esta mudança estratégica foi anunciada por Arno Antlitz, diretor financeiro e de operações do Grupo Volkswagen, num evento organizado pela Reuters em Munique.

Isto significa que dos 180 mil milhões de euros anunciados para a próxima geração de elétricos, 60 mil milhões vão ser investidos no desenvolvimento de motores de combustão. Um tecnologia que há menos de um ano, Thomas Schäfer, CEO da Volkswagen, apelidava de “antiga” mas parece que foram as suas palavras que não envelheceram bem.

O futuro continua a ser elétrico

Para Antlitz “o futuro continua a ser elétrico, mas o passado ainda não acabou”, referindo-se à importância que os motores de combustão ainda têm para os consumidores. É uma clara mudança de planos face àquilo que a Volkswagen tinha anunciado em 2022 e que apontava o fim dos motores de combustão nos próximos 10 anos.

Entretanto, os planos para o lançamento de mais modelos 100% elétricos mantém-se. Do muito aguardado Volkswagen ID.2 All — cujo plano de lançamento foi atrasado para 2026 — ao modelo mais pequeno e barato que deverá ficar abaixo dos 20 mil euros.

Eletrificação total mais distante

É cada vez mais óbvio que os fabricantes de automóveis estão a reavaliar as suas estratégias. Das marcas generalistas às marcas de luxo.

A Bugatti já pondera montar postos de abastecimento de combustível sintético na casa dos seus clientes. A Lamborghini também vê futuro nos motores de combustão desde que com combustíveis sintéticos. Neste em particular, uma das marcas mais ativas é a Porsche que continua a produzir e desenvolver e-fuels no Chile. A Ford já não acredita que poderá ser 100% elétrica até 2030 e a Mercedes-Benz está a rever o fim dos seus modelos com motor de combustão.

Por outro lado, a ofensiva de modelos elétricos chineses não pode ficar sem resposta e as normas de emissões estão cada vez mais restritivas — apesar do alívio na norma Euro 7. Seguem-se tempos de incerteza e de decisões difíceis na indústria automóvel europeia.

Híbridos plug-in ganham terreno

Se no campo dos 100% elétricos as dúvidas persistem, no campo dos híbridos plug-in há algumas surpresas. A procura por este tipo de tecnologia no mercado europeu está a surpreender os analistas: está a roubar quota de mercado aos elétricos.

Uma tendência que o Grupo Volkswagen está a tentar capitalizar com as novas gerações do Volkswagen Tiguan, Passat e Skoda Superb. Três modelos que foram os primeiros a receber a nova tecnologia híbrida plug-in da marca, que associa o motor 1.5 TSI a uma unidade elétrica que permite mais de 100 km de autonomia anunciada.

Pode encontrar os primeiros contactos desses modelos nos seguintes links:

Fonte: Automotive News Europe

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