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Honda ainda quer Nissan mas impõe uma condição

O fim das negociações entre a Honda e a Nissan para uma possível fusão não significa que esta história tenha acabado. Saiba o que está em causa.

Nissan Qashqai frente
© Nissan

Na semana passada, a Honda e a Nissan anunciaram o fim das negociações para uma potencial fusão, devido à proposta alternativa avançada pela Honda em comprar a Nissan por completo.

Fim da história? Nem por isso. Segundo uma fonte próxima às conversações citada pelo Financial Times, a Honda estará disposta a retomar as discussões sobre a aquisição do rival, mas com uma condição: a saída do diretor executivo da Nissan, Makoto Uchida.

Os últimos meses têm sido desafiantes para Uchida, que enfrenta pressão de várias frentes para reerguer a Nissan. Desde a detenção do seu antigo líder Carlos Ghosn, em 2018, por alegada fraude financeira, que a empresa japonesa nunca mais conseguiu recuperar totalmente.

Apesar da pressão, o executivo anunciou que pretende permanecer no cargo até 2026. Contudo, tanto o conselho administrativo da Nissan, como da Renault — uma das suas principais acionistas —, têm insistido na sua saída, especialmente após o fracasso das negociações com a Honda.

Até ao momento, a Nissan recusou-se a comentar o avançado pelo Financial Times; já a Honda afirmou que não tem qualquer intenção de avançar com uma aquisição hostil do seu conterrâneo.

O que estava em jogo

Em dezembro, quando foi assinado o memorando de entendimento entre a Honda e a Nissan, estava em discussão a criação de uma nova holding que integraria os dois construtores, liderada pela Honda, consequência de estar numa situação bem mais sólida do que a Nissan.

Caso avançasse, esta fusão criaria o terceiro maior grupo automóvel mundial em termos de vendas, atrás da Toyota e do Grupo Volkswagen.

Além do acordo entre a Honda e a Nissan, tinha sido assinado um segundo memorando com a Mitsubishi para uma eventual fusão a três. Essa opção foi descartada pelo construtor algum tempo depois.

Tatsuo Yoshida, analista da Bloomberg Intelligence, considera que uma retoma das negociações seria positiva para todas as partes envolvidas. Especialmente para a Mitsubishi, que vê o seu futuro incerto devido à fragilidade da Nissan, a sua principal acionista.

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Apesar da situação financeira da Nissan ser frágil, a sua dimensão e presença global torna-a num investimento a considerar e já foram várias empresas a anunciá-lo publicamente, originárias de outros setores.

Nomeadamente, a Foxconn, uma empresa de Taiwan conhecida por produzir os iPhones para a Apple, e a KKR & Co, uma empresa de investimento.

Fonte: Reuters

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