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Hyundai vai apostar forte nos híbridos. Elétricos ficam para trás?

No CEO Investor Day 2024, a Hyundai divulgou a sua nova estratégia para os próximos anos: os híbridos vão ganhar um importante destaque.

Kauai Electric - 3/4 de frente
© Hyundai

À semelhança de muitos outros construtores, a Hyundai vê a tecnologia híbrida como uma das melhores formas de reagir ao «arrefecimento» da procura por automóveis 100% elétricos.

Desta forma, no CEO Investor Day 2024, a marca sul-coreana apresentou uma nova estratégia apelidada de “Hyundai Way”, muito mais focada nos automóveis equipados com um sistema híbrido.

Segundo o declarado por Jaehoon Chang, diretor-executivo, o construtor sul coreano planeia atrasar o lançamento de alguns dos seus elétricos, de forma a melhorar a sua competitividade e preço. Em paralelo, o desenvolvimento de sistemas híbridos ganha um maior destaque.

“Atualmente, a transição para elétricos está a decrescer, e, com isto, a procura por híbridos tem estado a aumentar.”

Jaehoon Chang, CEO da Hyundai

O objetivo é que a venda dos modelos equipados com este tipo de solução triplique para 1,33 milhões unidades até 2028. Uma meta que representa um aumento em torno dos 40% comparativamente àquela para que a Hyundai tinha apontado no ano passado.

© Hyundai Jaehoon Chang, CEO da Hyundai

As previsões da Hyundai indicam que o aumento de vendas será maior nos mercados da América do Norte, com as vendas a passarem de 170 mil híbridos este ano para os 690 mil híbridos em 2028. Na Europa espera-se que as vendas aumentem das 150 mil unidades previstas até ao final de 2024, um total de 220 mil em 2028.

Planos bem definidos

Para alcançar estes números, a Hyundai vai investir no desenvolvimento da segunda geração da sua atual tecnologia híbrida (TMED-II), mas também em veículos elétricos com extensor de autonomia (EREV). Esta é a maior novidade.

Tal como já é proposto por outros construtores, e para quem não está familiarizado, trata-se de um sistema híbrido que inclui um motor térmico, mas apenas com a função de gerador de energia. Ao contrário do que acontece, por exemplo, com os híbridos plug-in, a locomoção é sempre efetuada através do motor elétrico, uma vez que o de combustão nem sequer está ligado às rodas.

Com esta solução, a Hyundai promete uma autonomia máxima de 900 km com apenas um carregamento — ainda que não tenha sido foi especificado qual o ciclo utilizado para obter este valor. Ao mesmo tempo adianta que estes modelos poderão ter um preço mais acessível, uma vez que não são necessárias baterias tão grandes (e dispendiosas) como nos 100% elétricos.

Esta tecnologia vai ser inicialmente lançada, no final de 2026, na América do Norte, nos crossovers de segmento D (executivos e familiares médios) da Hyundai e da Genesis. E depois, na China, vai servir como ponte para a eletrificação total, começando pelos modelos do segmento C (familiares compactos).

Relativamente à segunda geração da atual tecnologia híbrida da Hyundai, de acordo com o anunciado, é de esperar uma melhoria das suas prestações e eficiência. No entanto, ainda não foram anunciados detalhes.

A marca prevê implementar esta tecnologia nos seus modelos já a partir de janeiro de 2025. Sendo que os planos passam por duplicar a sua oferta dos atuais sete modelos híbridos, para um total de 14 — incluindo os modelos da Genesis.

© Hyundai José Muñoz, COO Hyundai

Para que tudo isto aconteça, a Hyundai anunciou um investimento de KRW 120,5 biliões (cerca de 81,6 mil milhões de euros) para a próxima década. Ou seja, mais KRW 11,1 biliões (cerca de oito mil milhões de euros) de que o anunciado no ano passado.

É o fim dos 100% elétricos?

Claro que não. Apesar do maior foco nos sistemas híbridos, a Hyundai mantém os seus planos de apresentar 21 modelos 100% elétricos até 2030, seis destes na marca Genesis.

Segundo Chang, o investimento nos híbridos “é uma oportunidade para comprar tempo e de nos prepararmos melhor para os elétricos”.

O fabricante sul-coreano espera que as suas vendas globais cresçam cerca de 30%, para um total de 5,5 milhões de unidades comercializadas até 2030. No ano passado, o total de vendas ascendeu a 4,21 milhões de automóveis.

Atualmente, segundo José Muñoz, diretor de operações, 20% da gama da Hyundai é composta por veículos eletrificados e 80% por veículos a combustão. Em 2030, o construtor espera que esta percentagem passe para 55% e 45%, respetivamente.

Neste período, espera-se que as vendas de veículos 100% elétricos aumentem para dois milhões de unidades, comparativamente às 268 785 unidades vendidas globalmente em 2023. Apenas na Europa, a Hyundai espera que as vendas alcancem 631 mil unidades no final da década.

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