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Ford: “Tarifas significam preços mais altos para os clientes”

Jim Farley, CEO da Ford, pronunciou-se sobre as tarifas de importação de Trump; afetam todos, até os construtores norte-americanos.

Ford Ranger MS-RT - 3/4 de frente
© Ford

O aumento das tarifas de importação, anunciado pela administração de Trump, tem sido uma das maiores preocupações recentes entre os construtores automóveis. O diretor-executivo da Ford, Jim Farley, já se manifestou sobre o assunto.

Durante a apresentação de resultados de 2024 da Ford, Farley avançou que “não há dúvidas de que as tarifas, se prolongadas, irão ter um enorme impacto na nossa indústria, eliminando milhares de milhões de dólares em lucros, bem como em toda a cadeia de valor da nossa indústria. Tarifas significam preços mais altos para os clientes“.

Jim Farley, diretor-executivo da Ford.

O impacto das tarifas que os EUA querem impor não se limitará apenas aos construtores estrangeiros. A Ford, empresa norte-americana, tem três fábricas no México — duas de automóveis e uma de motores — e outra no Canadá.

Recorde-se que estavam previstas tarifas de 25% para o México e Canadá a partir do dia 4 de fevereiro, mas estas foram suspensas durante 30 dias.

Tarifas iguais para todos

Para além disto, o diretor executivo chamou também a atenção para o facto das tarifas não serem iguais para todos. Farley destacou que são vários os construtores que importam automóveis para os EUA, sem serem impactados com as potenciais tarifas, como é caso da Toyota (japonesa) e da Hyundai (sul-coreana).

“Nós não podemos simplesmente escolher um lugar ou outro (para aplicar tarifas) porque isso representa uma vantagem enorme para os nossos concorrentes. Se os EUA vão ter uma política de tarifas… é melhor que seja abrangente para toda a indústria”, disse o executivo.

Ford otimista

Apesar do clima de tensão, Jim Farley mostra-se otimista relativamente à futura implementação das tarifas: “nós acreditamos, com base nas nossas negociações com a administração Trump e com os líderes de congresso, que estes estão focados em fortalecer — não enfraquecer — a indústria automóvel norte-americana. Essa é a nossa expectativa”, concluiu.

Além dos desafios que as tarifas podem vir a trazer, a política automóvel dos EUA deverá passar por mais transformações. No discurso de tomada de posse, o 47.º Presidente anunciou intenções de colocar um travão nas metas de eletrificação da indústria automóvel do país.

Recordamos que o Governo anterior, liderado por Joe Biden, pretendia que até 2032 a venda de veículos elétricos nos EUA fosse de, pelo menos, 35%.

“Embora estejamos, sem dúvida, a operar em tempos interessantes, no final do dia, nós é que controlamos o nosso destino.”

Jim Farley, diretor executivo da Ford

Atualizado dia 7 de fevereiro às 13h12.

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