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Lotus desiste de ser 100% elétrica e anuncia híbrido com 1100 km de autonomia

A Lotus junta-se ao conjunto de marcas que se viram forçadas a ajustar a sua estratégia de eletrificação mas tem um novo trunfo na manga.

Lotus Emeya - 3/4 de frente
© Lotus

Para a Lotus, os 10 anos a seguir à apresentação do plano Vision80 — realizada em 2018 — seriam determinantes e culminariam numa gama de modelos elétricos.

Contudo, a marca reconheceu que a transição total para elétricos não está a acompanhar as expectativas do mercado, especialmente no segmento de luxo, e por isso abandonou o desejo de tornar-se 100% elétrica.

Durante o Guangzhou Auto Show, na China, e depois da apresentação de resultados da Lotus no terceiro trimestre do ano (vendeu mais de 7600 unidades), Feng Qingfeng, diretor executivo da Lotus, confirmou que a marca vai abandonar esses planos e desenvolver um novo sistema híbrido, denominado “Hyper Hybrid EV Technology”.

Segundo a Lotus, o novo sistema terá uma arquitetura de 900V e vai juntar um motor elétrico e um motor de combustão, sendo que este último não vai atuar apenas como extensor de autonomia, como explicou Feng Qingfeng.

Nas (poucas) informações fornecidas pela Lotus, é referido que “em determinados cenários” o sistema híbrido poderá ser alimentado em exclusivo pelo motor de combustão, que também poderá ser usado para fornecer energia adicional ou carregar a bateria.

Além disso, a marca refere que a autonomia máxima do sistema poderá superar os 1100 km, com a utilização combinada do motor elétrico e do de combustão.

Carregamentos em movimento

Tal como já acontece com alguns modelos da marca, este novo sistema da Lotus terá a capacidade de receber carregamentos ultrarrápidos, em carregadores compatíveis. Neste modo, uma carga entre os 10% e os 80% poderá demorar apenas 10 minutos.

Além deste modo de carregamento, e tal como já referido, a nova tecnologia “Hyper Hybrid EV” também permite o carregamento em andamento, usando o motor de combustão como gerador de energia. No entanto, segundo a Lotus, com a possibilidade de carregar a bateria cinco vezes mais rápido do que o consumo normal.