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McLaren prepara era elétrica com ajuda de marca chinesa

Futuro da McLaren está agora a definir-se: o construtor fundiu-se com uma startup britânica e passa a ter acesso à tecnologia da chinesa NIO.

McLaren W1 - frente
© McLaren

A McLaren está prestes a entrar numa nova era. Após anos a navegar por águas agitadas, a marca britânica encontrou um novo rumo através da fusão com a Forseven, uma startup britânica focada em mobilidade elétrica e inovação automóvel.

Esta fusão, que dará origem ao McLaren Group Holdings, marca o início de um ambicioso plano de reinvenção, que poderá até incluir o lançamento de um SUV de luxo, para enfrentar rivais como o Aston Martin DBX, o Lamborghini Urus ou o Ferrari Purosangue, algo inédito na história da marca de Gaydon.

Este novo capítulo é liderado pelo CYVN Holdings, um grupo de investimento de Abu Dhabi que agora controla a McLaren Automotive, a divisão responsável pelos modelos de estrada da marca britânica.

Importa sublinhar que esta reestruturação não inclui a McLaren Racing, a entidade que opera a equipa de Fórmula 1 e outras atividades de competição — essa continuará independente.

Aliança tecnológica com a NIO?

Ao mesmo tempo, esta operação abre portas a uma aliança tecnológica estratégica com a NIO, da qual o CYVN também é acionista. Com isso, os futuros modelos da McLaren — elétricos, naturalmente — poderão beneficiar do know-how da fabricante chinesa em áreas como plataformas, baterias e arquitetura digital.

Com esta fusão e o potencial acesso às tecnologias da NIO, a McLaren posiciona-se estrategicamente para enfrentar os desafios da eletrificação no setor automóvel.

Embora a marca tenha sido tradicionalmente cautelosa quanto à transição para veículos 100% elétricos, esta fusão com a Forseven abre uma nova janela de oportunidade para novos desenvolvimentos nesta área.

A McLaren terá acesso a excelência em engenharia e design de classe mundial. Estes recursos vão impulsionar o próximo capítulo da McLaren, permitindo à marca manter-se na linha da frente da inovação.

Nick Collins, CEO do McLaren Group Holdings

O mesmo é dizer que esta reestruturação poderá permitir à McLaren expandir o seu leque de modelos, entre eles um SUV de luxo, alinhando-se com as tendências do mercado e concorrendo com outras marcas que já exploram este segmento. Esta abordagem visa não apenas diversificar a oferta da McLaren, mas também assegurar a sua relevância e competitividade num mercado em rápida evolução.

McLaren SUV
© imagem gerada por IA / Razão Automóvel Apesar da sua longa linhagem de superdesportivos, a McLaren poderá render-se aos SUV, como os seus rivais fizeram.

Além desta ofensiva e do processo de integração com uma nova empresa, uma das missões de Collins é implementar um plano de recuperação para a operação já existente da McLaren Automotive, que tem de começar já:

“Precisamos de otimizar as operações, aumentar a eficiência e remodelar a nova organização, para que possamos aumentar o portfólio de carros, aprimorar a experiência do cliente e continuar a fortalecer a nossa relação global com fornecedores e concessionários”, afirmou o agora CEO do McLaren Group Holdings.