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E se a Honda comprasse a Nissan? Tudo indica estar em discussão

A decisão sobre a fusão entre a Honda e a Nissan deveria ter sido conhecida no final de janeiro. Surgem rumores de estarem a ser discutidas alternativas.

Nissan Qashqai e Honda Civic
© Razão Automóvel

Em vez de uma fusão, porque não a Honda comprar a Nissan? A possibilidade parece que já está em discussão, de acordo com o jornal Kyodo News, que cita fontes anónimas.

A decisão sobre o avanço ou não da fusão deveria ter sido conhecida no final de janeiro, mas foi adiada para meados de fevereiro. E uma das causas poderá estar também relacionada com esta nova hipótese de a Honda comprar a Nissan ao invés de se unirem através de uma nova holding.

Se esta opção parece favorável à Honda que está numa posição de força, a Nissan, por outro lado, poderá não ter a mesma opinião.

Isto porque pode colocar em causa a sua autonomia, algo pelo qual tem lutado, como se viu quando conseguiu acordar com o Grupo Renault a venda de uma parte da participação que detinha do construtor japonês.

Nissan Qashqai - 3/4 de frente 16_9
© André Mendes / Razão Automóvel Nissan Qashqai

Além desta nova possibilidade, ao que consta, as conversações entre os dois construtores japoneses estão a progredir mais lentamente que o previsto.

Segundo as mesmas fontes ao Kyodo News, a Honda ainda tem reservas sobre os esforços de reestruturação que a Nissan já encetou, pelo que precisa de mais tempo antes de se comprometer com as próximas etapas.

Recorde que uma das condições para que a Honda desse luz verde ao projeto era que a Nissan readquirisse algum do seu equilíbrio financeiro nos próximos meses, algo que não está a acontecer.

Os números da Nissan

No ano passado, a Nissan anunciou um corte de 9000 empregos e a redução da produção global em 20% (de cinco para quatro milhões de veículos) como medidas do plano de restruturação. Estas medidas estão a ser consideradas insuficientes.

No primeiro semestre do ano fiscal de 2024 (abril-novembro) — ano fiscal no japão tem início apenas em abril —, a Nissan registou uma quebra no lucro operacional de 90%, de 336,7 mil milhões de ienes (2,09 mil milhões de euros) para 32,9 mil milhões de ienes (204 milhões de euros).

No total, em 2024 (janeiro a dezembro) a Nissan vendeu 3 348 687 unidades globalmente, menos 0,8% do que em 2023.

O construtor registou subidas de vendas no mercado estadunidense (+4,1%), canadiano (+12,8%) e europeu (+3,2%). Mas não foram suficientes para contrapor às descidas verificadas na China (-12,2%) e no mercado doméstico, o japonês (-1,1%).

Para a Nissan ir de encontro às metas até agosto de 2026 (data final apontada para a fusão acontecer), tem de gerar 400 mil milhões de ienes (2,48 mil milhões de euros) no ano fiscal de 2026.

A Honda, apesar de estar numa posição financeira robusta, também viu as vendas descer 4,57% em 2024 face a 2023. No total vendeu 3 807 311 unidades. O resultado negativo foi impulsionado por um decréscimo nas vendas na China (-31%) e na Ásia e Oceânia (-9%).

Fonte: Kyodo News

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