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Mercedes-Benz justifica cancelamento de nova plataforma para elétricos

A nova plataforma estava destinada aos sucessores dos Mercedes-Benz EQS e EQE. Marca justifica as razões do cancelamento da MB.EA Large.

Mercedes-Benz EQS 2024
© Mercedes-Benz

O mercado dos automóveis elétricos tem estado a sofrer alguns abalos e os construtores estão a adaptar-se, alterando os seus planos de eletrificação.

A Mercedes-Benz não é estranha a isso. Há uns meses já tinha dito que iria tirar o «pé do acelerador» dos 100% elétricos, adiando metas de vendas e prolongando a carreira dos modelos a combustão.

Agora ficamos a saber que o construtor alemão cancelou o desenvolvimento da plataforma dedicada MB.EA Large, prevista para 2028, e que seria usada pelos sucessores dos atuais modelos EQE e EQS.

Mercedes-AMG EQE 43 4Matic - 3/4 frente
© André Mendes / Razão Automóvel Mercedes-AMG EQE 43.

A notícia foi avançada originalmente pelo jornal financeiro alemão Handelsblatt, que cita quatro fontes internas, já tendo sido confirmada à Automobilwoche pelo construtor.

Uma das razões para a Mercedes-Benz cancelar o desenvolvimento da plataforma MB.EA Large deve-se às vendas abaixo do esperado do EQE e EQS. A outra razão refere-se aos custos de desenvolvimento e adaptação das fábricas. Estima-se que esta decisão leve a Mercedes-Benz a poupar entre quatro mil milhões de euros e seis mil milhões de euros.

E agora?

Inicialmente a Mercedes-Benz planeava desenvolver duas versões desta nova plataforma: uma mais pequena (MB.EA Medium), destinada à gama média (sucessor do EQC, em formato SUV e berlina); e uma maior (MB.EA Large) para os seus modelos de maior dimensão e luxo.

Agora, com o cancelamento da MB.EA Large, a próxima geração dos EQE e EQS vai apoiar-se na evolução da plataforma atual, a EVA2 (Electric Vehicle Architecture). Entre as evoluções previstas estão a passagem de uma arquitetura elétrica de 400 V para 800 V, uma nova bateria e novos motores elétricos, mais eficientes.

Para além da MB.EA Large, a marca alemã tinha anunciado também as plataformas MMA (elétricos compactos), a AMG.EA (elétricos de alta performance) e a MB.VAN (veículos comerciais elétricos).

A MMA chega no próximo ano, com a versão de produção do CLA Concept, assim como a AMG.EA que servirá a nova berlina elétrica de alta performance da AMG, estando ainda previsto servir de base a um SUV da AMG.

Antes disso, muito recentemente vimos a Mercedes-Benz lançar o inédito Classe G 100% elétrico, que já pudemos conduzir. Fiquem com as nossas primeiras impressões:

Apesar de, como referimos inicialmente, a Mercedes-Benz ter recuado em alguns dos seus objetivos relativos à eletrificação, não significa que esta não venha a acontecer. O passo dessa transformação é que será outro:

“O ritmo da transformação vai ser determinada pelas condições de mercado e pelos desejos dos nossos clientes.”

Mercedes-Benz em declarações à Automobilwoche

Fonte: Automotive News Europe

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