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Nissan investe milhões na Ampere, a divisão de elétricos do Grupo Renault

A Nissan chegou a acordo com o Grupo Renault para a aquisição de uma participação na Ampere, empresa dedicada a modelos 100% elétricos.

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© Nissan

A Nissan vai investir 663 milhões de dólares (qualquer coisa como 600 milhões de euros) na Ampere, empresa recentemente criada pelo Grupo Renault dedicada exclusivamente a modelos 100% elétricos.

Descrita pelo Grupo Renault como um construtor independente, tal como a Dacia ou a Alpine, a Ampere será responsável pelo desenvolvimento e produção de modelos 100% elétricos para a Renault. O que nos leva a uma questão: onde fica a Nissan no meio disto tudo?

Bem, a Nissan terá, ao que tudo indica, um nível de acesso ao portfólio da Ampere semelhante ao da Renault. O mesmo é dizer que a entrada da Nissan na Ampere vai aumentar sinergias e permitir chegar a mais modelos e unidades motrizes 100% elétricas.

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Por isso, uma coisa parece certa, a entrada na Ampere vai beneficiar o processo de eletrificação da Nissan, sobretudo no mercado europeu. Foi o que explicou Makoto Uchida, diretor executivo da marca nipónica, em comunicado:

A oportunidade de investimento na Ampere complementa e fortalece o impulso elétrico contínuo da Nissan na Europa e proporcionará inúmeras sinergias, incluindo eficiência de custos, conformidade regulatória e uma gama mais ampla de produtos e unidades motrizes 100% elétricos.

Makoto Uchida, diretor executivo da Nissan

Negócio será fechado até ao fim do ano

Apesar da declaração de intenções da Nissan, que já torna oficial este investimento, o negócio só vai ficar concluído na sua totalidade “no último trimestre de 2023”. É o que se pode ler no comunicado divulgado pela Nissan, que se apresenta como um “investidor estratégico” com lugar na administração da Ampere.

Os acordos que foram hoje assinados permite-nos entrar no próximo capítulo da aliança.

Jean-Dominique Senard, presidente da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi
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“Eles (os acordos) fortalecem a nossa parceria de longa data e maximizam a criação de valor para cada membro da aliança. Isso também estabelece as bases para uma nova liderança equilibrada, justa e eficaz”, afirmou Senard no referido comunicado.

Aliança 2030

Participação da Renault na Nissan vai ser ajustada

Como parte deste acordo, a Renault e a Nissan também vão reajustar as suas posições em cada uma das empresas, para que cada uma tenha uma participação de 15% na outra.

Assim, a Renault vai reduzir a sua participação de 43% na Nissan, ao passo que a Nissan manterá a sua participação de 15% na construtura francesa. Agora essa participação terá direito a voto, numa tentativa de “resolver o que os críticos chamavam de dinâmica de poder desequilibrada”.