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Medidas urgentes. Como é que a Nissan vai virar o jogo até 2026?

A Nissan enfrenta um cenário desafiante, mas com um novo plano de reestruturação está determinada a recuperar o que perdeu.

Nissan Juke - lateral, dinâmica
© Nissan

Os resultados financeiros da Nissan dos últimos nove meses de 2024, confirmaram o que já era temido: os números do construtor nipónico continuam a cair e são necessárias medidas urgentes.

No final do ano passado, Makoto Uchida, diretor executivo da marca, já tinha anunciado um corte de 9000 postos de trabalho e uma redução da produção global em cerca de 20% (de cinco para quatro milhões de veículos). Contudo, estas medidas têm-se mostrado insuficientes.

De abril a dezembro de 2024, a marca japonesa registou uma receita líquida de 9,143 biliões de ienes (cerca de 56 mil milhões de euros), o que representa uma queda de 0,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro operacional, por sua vez, sofreu uma queda de 86%, atingindo os 64 mil milhões de ienes (aprox. 403 milhões de euros).

Nissan Leaf
O Nissan Leaf vai receber uma nova geração em breve.

Estes números resultaram numa nova revisão em baixa das expectativas do construtor para o ano fiscal de 2024. Por causa disso, a Nissan espera agora encerrar o ano fiscal (acaba a 31 de março no Japão) com uma receita líquida de 12,5 biliões de ienes (aprox. 78 mil milhões de euros) — antes era de 12,7 biliões de ienes (aprox. 80 mil milhões de euros) —, e um lucro operacional de 120 mil milhões de ienes (aprox. 756 milhões de euros) — antes era de 150 mil milhões de ienes (aprox. 945 milhões de euros).

Medidas de reestruturação e busca por parcerias

Sob crescente pressão para reverter a situação, Uchida anunciou no passado dia 13 de fevereiro um novo plano de reestruturação mais abrangente. A Nissan está determinada em reduzir os seus custos em 400 mil milhões de ienes (aprox. 2,52 mil milhões de euros) até ao ano fiscal de 2026.

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Para isso, será necessário efetuar cortes significativos nas despesas operacionais e administrativas, além de uma obrigatória reestruturação das fábricas e uma melhoria na eficiência do desenvolvimento de novos produtos.

A Nissan irá simplificar a sua estrutura organizacional, reduzindo em 20% a gestão de topo. A empresa também vai realizar uma revisão estratégica para determinar quais os mercados em que se deve manter e de quais deve sair, enquanto explora novas parcerias estratégicas de forma a aumentar a sua competitividade e rentabilidade.

Em dezembro do ano passado, a Nissan tinha assinado um memorando de entendimento com a Honda para uma possível fusão, contudo essas negociações caíram por terra. Ainda assim, e de acordo com o noticiado pela Bloomberg, a marca japonesa já está à procura de novas parcerias.

Futuro e foco na inovação

As medidas de reestruturação terão um início imediato, com Uchida a afirmar que a Nissan está “totalmente comprometida com a sua recuperação”.

Além disto, o construtor nipónico está a apostar numa gama mais diversificada, com novos lançamentos já este ano e em 2026. Entre eles está uma maior aposta em sistemas híbridos plug-in, mas também a chegada de dois novos 100% elétricos — sendo um deles o novo Nissan Leaf.

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