Euro 7 em «ponto-morto». Anúncio novamente adiado

Atualização a 10 de novembro de 2022: Proposta para Euro 7 foi finalmente anunciada pela Comissão Europeia.

Mais uma vez, a norma Euro 7 foi adiada. Já foram vários os adiamentos que acontecerem — o novo quadro regulatório de emissões para a indústria automóvel deveria ter sido anunciado há praticamente um ano.

No final do mês passado tinha sido anunciado que a Euro 7 seria conhecida hoje, mas mais uma vez, o seu anúncio foi adiado, ainda que por 24 horas — a norma Euro 7 deverá ser apresentada amanhã, dia 10 de novembro.

Ao que tudo indica o adiamento deveu-se à necessidade de melhorar a coordenação do anúncio, não devendo por isso haver quaisquer alterações ao documento que define a norma.

Menos exigente que o esperado?

Muito criticada e até temida pelos construtores, nos últimos tempos têm surgido notícias e rumores que dão conta de que a Euro 7 poderá vir a ser menos «radical» do que o inicialmente previsto.

Por exemplo, o jornal Politico teve acesso a um rascunho do futuro documento e a Comissão Europeia parece ter recuado significativamente no nível de exigência que era esperado para a Euro 7.

Nesse rascunho é referida a harmonização dos limites de emissões entre automóveis ligeiros de passageiros e mercadorias, e entre os motores a gasolina e gasóleo, mas alinhando-os pelos limites de emissões já existentes para os motores a gasolina Euro 6.

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O que esperar da Euro 7?

Ainda assim, não se pense que a norma Euro 7 vai ser apenas uma evolução tímida da Euro 6 e poderá mesmo ser um dos dias mais importantes da história do automóvel, pois poderá determinar, prematuramente, o caminho a tomar pela indústria.

Além dos limites colocados aos vários gases poluentes emitidos pelos automóveis a combustão — óxidos de azoto (NO_x) e monóxido de carbono (CO) principalmente —, a Euro 7 quer ir mais longe.

Desta forma, deverá expandir a sua ação sobre a emissão de partículas por parte dos travões e pneus, duas áreas até agora sem qualquer tipo de regulamentação — já são a segunda principal fonte de emissão de partículas e, com a eletrificação galopante do automóvel, acabarão por ser a maior.

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Por fim, a Comissão Europeia estará também a preparar-se para aumentar a exigência dos procedimentos dos testes de emissões e reduzir as tolerâncias de medição.

João Delfim Tomé

Apaixonado por automóveis desde sempre, o João divide os seus dias entre as teclas da Razão Automóvel e a chave de parafusos do Lada Niva que está a recuperar.

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