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Que medidas a UE propõe para salvar a indústria automóvel?

A Comissão Europeia está a preparar um Plano de Ação para salvar a indústria automóvel europeia e algumas das medidas propostas começam a ser conhecidas.

linha de produção do Volkswagen Golf
© Volkswagen

No próximo dia 5 de março, a Comissão Europeia (CE) vai apresentar o seu Plano de Ação para responder aos desafios enfrentados pela indústria automóvel.

No entanto, antes do anúncio final, já circulam informações sobre as medidas em estudo, segundo um rascunho do documento que a Reuters teve acesso.

O que foi proposto?

De acordo com as informações divulgadas, o documento aborda a fraca procura por automóveis elétricos na Europa assim como a produção de baterias.

Em 2024, o mercado europeu foi o único a registar uma queda nas vendas de elétricos, encerrando o ano com uma descida de 5,9% face a 2023.

Para reverter esta tendência, Bruxelas pretende lançar um conjunto de incentivos, com destaque para medidas que promovam a eletrificação das frotas empresariais — responsáveis por cerca de 60% das vendas anuais de automóveis novos na União Europeia (UE).

Além disto, neste rascunho a CE propõe que os veículos pesados com emissões zero fiquem isentos do pagamento de taxas rodoviárias e que sejam avaliadas novas formas de incentivo à compra de elétricos, em colaboração com os Estados-membros.

Foco na produção europeia de baterias

A UE já tinha demonstrado anteriormente a intenção de reduzir a dependência externa para a produção e fornecimento de baterias. No final de 2024, anunciou a atribuição de subsídios que ascendem a mil milhões de euros aos fabricantes de baterias europeus.

O rascunho do Plano de Ação reforça esta estratégia, estabelecendo requisitos mais rigorosos para que uma maior percentagem das matérias-primas e componentes de baterias utilizados nos elétricos vendidos na UE sejam fabricados na Europa.

linha de produção fábrica mirafiori
© Stellantis Fábrica de Mirafiori da Stellantis, em Itália

Para alcançar este objetivo, a Comissão poderá propor um maior apoio financeiro às empresas que produzem baterias dentro do bloco. Pretende ainda regular investimentos estrangeiros no setor automóvel e impulsionar a criação de infraestruturas para a reciclagem de baterias.

E as metas de emissões?

No entanto, o documento não faz qualquer referência à flexibilização das metas de emissões que é, de momento, uma preocupação crescente entre os fabricantes.

As metas de emissões de CO2 para este ano estão a deixar vários construtores em risco de incumprimento, podendo ter como consequência o pagamento de multas muito elevadas.

A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) alertou que as penalizações por incumprimento destas metas podem atingir os 16 mil milhões de euros. Conheça o que foi proposto pela ACEA para fazer frente a esta problemática:

Resta-nos agora aguardar por 5 de março para conhecer as medidas definitivas do Plano de Ação da União Europeia.

Fonte: Reuters

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