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Indústria de componentes diz que Plano de ação da UE tem diversas falhas

A UE apresentou o seu plano de ação para o setor automóvel, mas a CLEPA alerta que este ignora necessidades dos fornecedores de componentes.

Volkswagen ID.3 a ser produzido em Dresden
© Volkswagen

A Associação Europeia de Fornecedores da Indústria Automóvel (CLEPA) reagiu ao Plano de Ação da UE para o setor automóvel, destacando que este tem algumas falhas e que não aborda de forma eficaz as necessidades urgentes dos fornecedores.

Na sua resposta, a CLEPA sauda a decisão da Comissão de antecipar para 2025 a revisão das regulamentações de CO2 para frotas — inicialmente prevista para 2026. Contudo, a organização sublinha que, na prática, a ausência de compromissos concretos levanta dúvidas sobre a implementação do plano.

Componentes Audi
© André Mendes / Razão Automóvel

“A principal questão mantém-se: Como é que a neutralidade tecnológica vai ser posta em prática?”, questiona o secretário-geral da associação, Benjamin Krieger.

A diversidade de soluções sustentáveis, que incluem sistemas híbridos plug-in, a hidrogénio e com combustíveis renováveis, deve ser considerada para garantir a competitividade necessária e proteger empregos, lê-se em comunicado. Esta iniciativa da UE surge num momento crítico para a indústria de componentes, que enfrenta desafios alarmantes tais como a perda anunciada de 54 mil postos de trabalho apenas em 2024.

Avanços no acesso a dados e veículos autónomos

Numa nota mais positiva, um outro avanço em destaque no plano de ação da UE é o compromisso da Comissão com uma proposta legislativa para o acesso a dados dos veículos, caso o atual Data Act se revele insuficiente. Segundo a CLEPA, o acesso equitativo a estes dados é essencial para impulsionar a inovação e a implementação de novos serviços no setor.

Após oito anos de discussões, a CE compromete-se finalmente a apresentar uma legislação para regular o compartilhamento de dados entre todos os atores do setor da mobilidade.

No entanto, a associação de fornecedores deixa um alerta: “atrasos na implementação podem travar investimentos e prejudicar a competitividade europeia num momento em que a rapidez é fundamental”, concluiu Krieger.

A revisão do Regulamento de Isenção por Categoria de Veículos a Motor é também uma medida positiva, segundo a CLEPA, que reconhece a necessidade de adaptar a legislação a uma nova realidade digital e preservar a concorrência.

Outro dos passos positivos é a criação de um mercado único para veículos autónomos, ainda que a associação tenha sugerido uma maior ambição na regulamentação e prazos claros para a homologação de séries ilimitadas destes modelos.

Velocidade precisa-se

Garantir a competitividade da indústria automóvel europeia exige medidas concretas, que incluem incentivos ao consumo, mas também instrumentos de defesa comercial para evitar desvantagens competitivas.

Com milhares de empresas, muitas delas PME (pequenas e médias empresas), dependentes de flexibilidade e inovação no setor, a urgência de uma resposta política eficaz torna-se evidente.

Por esse motivo, ao longo dos próximos meses, a CLEPA afirma que vai continuar a pressionar a UE por ações rápidas e decisivas. Afinal, é o futuro da indústria automóvel e dos seus trabalhadores na Europa que está em jogo.

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