Sucessor elétrico do Porsche 718 poderá ser adiado e não é o único

O lançamento dos sucessores elétricos dos Porsche 718 Boxster e 718 Cayman vai ser, ao que tudo indica, adiado e poderão não ser os únicos.

Em causa estão vários problemas, que começaram com o fornecimento de baterias. Inicialmente, as baterias para os Porsche 718 elétricos eram para vir da Northvolt, mas a empresa sueca está em dificuldades — a lutar pela sua própria sobrevivência.

A Porsche optou, por isso, mudar para os finlandeses da Valmet Automotive, empresa com que já tem uma longa relação: foi a Valmet a responsável por produzir a primeira geração do Boxster, em 1997, na Finlândia.

Se o problema do fornecimento das baterias para o par de desportivos elétricos parece estar resolvido, fica por resolver outro problema, também relacionado com as baterias, como avança o Automobilwoche. Parece que a Porsche não está satisfeita com a composição e performance das novas baterias.

Em específico, “o construtor está ter dificuldades em combinar as características de condução dos carros desportivos a bateria, com as dos carros com motor a combustão”, diz a publicação alemã. As inúmeras revisões de que o pack de baterias está a ser alvo, poderão resultar em atrasos no início da produção.

Os novos Porsche 718 Boxster e 718 Cayman elétricos deveriam ser lançados no verão de 2025, mas esse prazo parece agora demasiado otimista. Relembramos que os Porsche 718 Boxster e 718 Cayman a combustão já não são vendidos na Europa desde abril deste ano, à exceção do GT4 RS e do Spyder RS:

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Mariana Teles

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Estes não são os únicos modelos elétricos que poderão ter o lançamento adiado. A nova geração do Cayenne também o poderá ser.

Como noticiámos há uns meses, a Porsche reveu a sua estratégia de eletrificação e decidiu prolongar a vida de alguns modelos a combustão o máximo que conseguisse, para fazer face à procura por elétricos, que é inferior à prevista.

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O que deixa o sucessor do Cayenne numa posição delicada. Este deveria ser 100% elétrico e chegar em 2026, mas agora o Automobilwoche diz que também poderá ser adiado.

Isto significa que o Cayenne atual, a combustão, poderá ver a sua carreira prolongada por mais anos e, por isso, poder ser alvo de uma renovação mais profunda que o previsto. Relembramos que o Cayenne foi renovado extensivamente em 2023, o que significa que esta geração (lançada em 2017), caso receba uma segunda renovação, poderá prolongar-se para lá de 2030.

Para além deste, o Panamera que tinha sido anunciado como o último modelo a combustão da marca da Estugarda, poderá agora ter um sucessor, ainda com motores a combustão, depois de 2030.

Nem o futuro modelo K1 — nome de código do SUV de sete lugares 100% elétrico posicionado acima do Cayenne —, deverá fugir à sina.

Inicialmente estava previsto assentar na plataforma SSP (Scalable Systems Platform) do Grupo Volkswagen, pensada exclusivamente para elétricos. Essa limitação poderá levar à reformulação total do projeto e a adotar uma variante da plataforma do Cayenne a combustão.

Fonte: Automobilwoche

Mariana Teles

O universo das «quatro rodas» entrou na sua vida por intermédio da Razão Automóvel. É a sua primeira volta no mundo do jornalismo e promete não parar.

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