Estas cinco marcas perdem dinheiro sempre que vendem um carro

Vender carros não é sinónimo de fazer dinheiro. Na verdade, há marcas que, apesar de estarem ativamente no mercado, acumulam prejuízos cada vez que um dos seus modelos chega às mãos de um cliente.

Não estamos a falar de margens apertadas. Estamos a falar de perdas por unidade vendida — em alguns casos, de dezenas ou até centenas de milhares de euros.

Aqui ficam cinco marcas que perderam dinheiro com cada carro vendido em 2024, segundo os dados operacionais do exercício do ano passado (Fonte: Motor1 Itália):

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Isto não significa que a falência, para muitas delas, esteja ao virar da esquina. Em alguns casos, estamos apenas na presença de marcas que estão em fase de investimento. A apostar numa lógica de crescimento, baseada na premissa de que as perdas atuais são o preço a pagar pela escala futura.

Vamos analisar cada uma, caso a caso, nas próximas linhas.

1. Lucid / prejuízo por carro: 283 468 euros

A marca norte-americana Lucid tem sido apontada como uma das promessas do mercado premium de veículos elétricos. Mas as promessas ainda não chegaram à rentabilidade. Em 2024, a empresa perdeu mais de 283 mil euros por cada carro entregue. No ano anterior, o valor era ainda mais elevado: 467 mil euros por unidade.

O Lucid Air é tecnicamente impressionante, mas o desequilíbrio entre os custos de desenvolvimento, produção e vendas é gritante. E não há volume que o compense — pelo menos por agora.

2. Rivian / prejuízo por carro: 87 363 euros

A Rivian é outro nome grande entre as startups de elétricos nos EUA. Com o apoio de investidores como a Amazon e a Ford, o foco foi crescer rápido, desenvolver a sua própria plataforma e tecnologia e entregar produtos com ADN próprio. Agora parte do seu futuro está na dependência da Volkswagen.

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Mas esse caminho tem um preço. Em 2024, a Rivian perdeu mais de 87 mil euros por unidade vendida, uma melhoria face aos mais de 100 mil euros perdidos por carro em 2023, mas ainda assim um sinal claro de que a rentabilidade está longe.

3. NIO / prejuízo por carro: 14 313 euros

Na China, a NIO é um dos nomes mais fortes entre os fabricantes de veículos elétricos premium. Os seus modelos são competitivos, tecnologicamente evoluídos e até disruptivos em alguns aspetos — como a troca automática de baterias.

Ainda assim, a operação continua no vermelho. A marca perdeu mais de 14 mil euros por carro vendido em 2024. As margens negativas já duram há anos e a pressão para atingir o breakeven é cada vez maior — mesmo com o apoio do Estado chinês.

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4. XPeng / prejuízo por carro: 4612 euros

Também chinesa, a XPeng está mais próxima do segmento médio e oferece propostas elétricas com forte componente tecnológica. Mas enfrenta o mesmo problema: vendas em crescimento, lucros em falta.

O prejuízo médio por automóvel em 2024 foi de 4612 euros, numa trajetória que mostra melhorias face aos quase 10 mil euros perdidos por unidade em 2023, mas que continua a ser insustentável a longo prazo se as vendas não aumentarem para diluir os custos de desenvolvimento.

5. Leapmotor / prejuízo por carro: 1421 euros

Com ambições globais e o apoio da Stellantis (detém uma participação relevante na marca), a Leapmotor é talvez a menos negativa da lista — mas continua a perder dinheiro.

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Em 2024, cada automóvel vendido gerou um prejuízo médio de 1421 euros. A marca aposta no baixo custo e produção eficiente, mas precisa de escalar rapidamente para diluir os investimentos iniciais.

Em Portugal iniciou recentemente a sua atividade e os modelos mais importantes desta marca chinesa são o pequeno Leapmotor T03 e o SUV Leapmotor C10.

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