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Renault pode acabar com híbridos plug-in e apostar noutra tecnologia

A Renault já divulgou qual é a sua estratégia de futuro para a eletrificação total e o plano pode surpreender alguns.

Renault Rafale
© Renault

Os desafios para a transição elétrica na indústria automóvel têm sido mais que muitos, e são vários os construtores à procura de soluções para os ultrapassar. Enquanto alguns fabricantes apostam em híbridos plug-in como ponte para a eletrificação total, a Renault pretende optar por outro caminho.

Segundo o avançado por Fabrice Cambolive (diretor-executivo da Renault), em declarações à Autocar, o plano da marca francesa é apostar nos híbridos (que não precisam de ser ligados à corrente). “Decidimos apostar nos full-hybrid porque, para mim, é a forma mais simples de oferecer carros de baixo consumo e, ao mesmo tempo, preparar os clientes para a transição elétrica”, avançou.

O executivo destacou que os híbridos convencionais oferecem uma experiência de condução semelhante à elétrica em baixas velocidades, sem depender de carregamento. Além disso, tornam-se mais eficientes que os híbridos plug-in quando a bateria está descarregada, o que se tem revelado um dos principais problemas destes sistemas, segundo Cambolive.

Clio E-Tech Esprit Alpine, a curvar, frente 3/4
© Thomas V. Esveld / Razão Automóvel O Renault Clio E-Tech é um dos modelos full-hybrid que a marca francesa tem disponível no nosso mercado.

Esta é uma decisão que pode fazer sentido se tivermos em conta os números da marca no seu principal mercado, o europeu, em 2024. No ano passado, o construtor francês registou um aumento de 30% nas vendas de veículos full-hybrid, que já representam 40% das vendas totais de automóveis com motor térmico.

Atualmente, os híbridos (mild-hybrid e full-hybrid) já representam uma quota de 30,9% das vendas totais automóveis na Europa, segundo dados da ACEA.

Fim da oferta híbrida plug-in?

De momento, o Rafale é o único modelo da Renault com uma motorização híbrida plug-in, o que já traduz de certa forma os planos da marca francesa.

Em relação ao futuro da gama, Cambolive descarta a adaptação desta tecnologia a outros modelos, deixando o Rafale como o único plug-in de toda a gama.

Fonte: Autocar