Audi já tem um plano para dar a volta aos maus resultados de 2024

À semelhança do que aconteceu com outras marcas do Grupo Volkswagen, o ano de 2024 também não foi fácil para a Audi. Porém, os responsáveis da marca já têm alguns truques na manga para dar a volta por cima.

Com uma queda de 7,6% nas receitas, totalizando 64,5 mil milhões de euros, a Audi não conseguiu escapar à pressão do mercado. O lucro operacional desceu 3,9 mil milhões de euros, o que resultou numa margem operacional de 6%. Ou seja, uma redução de 3 pontos percentuais face a 2023.

Entre as marcas do portfólio do Grupo Audi — Bentley, Lamborghini e Ducati —, apenas a Lamborghini se conseguiu destacar, tendo alcançado um ano recorde com um aumento de 16,2% da receita e atingindo os 3,095 mil milhões de euros. A margem operacional manteve-se estável, nos 27%.

Foco na eletrificação

O ano de 2024 foi marcado por desafios em várias frentes, incluindo o encerramento de uma das suas fábricas, na Bélgica. No entanto, os problemas não se limitaram à Europa: a Audi também enfrentou dificuldades em diversos mercados ao redor do mundo.

Os resultados podem ter ficado aquém das expectativas, no entanto, a marca já está a preparar o terreno para o futuro. Entre o ano que terminou e o atual, a Audi pretende apresentar mais de 20 novos modelos, sendo que metade serão totalmente elétricos.

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A renovação do portefólio está no centro da estratégia do construtor alemão. Desta forma, até ao final deste ano, a marca terá uma gama que será a mais jovem do mercado, de acordo com o construtor.

Entre os novos modelos, destacam-se as novas gerações do A6 e do Q3 — que vai ser apresentado este verão —, além de 10 novos modelos híbridos. Para além disto, a marca deseja reforçar a sua presença no mercado norte-americano e também no chinês, com novos modelos adaptados às necessidades locais.

Desta forma, face a 2024, a empresa prevê um crescimento modesto, com receitas entre os 67,5 e 72,5 mil milhões de euros e uma margem operacional entre os 7% e os 9%. Ainda assim, a Audi continua ciente de que 2025 será outro ano desafiante.

“Nós estamos a realinhar a Audi com novos modelos, uma forte reconfiguração na China e estruturas mais eficientes dentro da empresa”, concluiu o diretor executivo, Gernot Döllner.

Lucros em tempos difíceis

Apesar dos desafios, a empresa reconhece o esforço dos seus funcionários durante o ano e vai distribuir parte dos lucros com uma gratificação que poderá chegar aos 5310 euros. Ainda assim, um valor mais reduzido do que o ano passado (8840 euros).

Apesar disso, as más notícias incluem o anúncio recente da intenção da Audi de cortar a sua força de trabalho, de forma progressiva, em 7500 postos na Alemanha.

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Mariana Teles

Mariana Teles

O universo das «quatro rodas» entrou na sua vida por intermédio da Razão Automóvel. É a sua primeira volta no mundo do jornalismo e promete não parar.

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