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Renault bate recordes. Os três números dourados de 2024

A receita, os lucros e a margem operacional cresceram no Grupo Renault em 2024, batendo vários recordes. Mas o impacto da Nissan fez-se sentir.

Renault 5 na estrada, frente
© Renault

Ao contrário do que temos visto em praticamente toda a indústria automóvel, o ano de 2024 foi muito positivo para o Grupo Renault, alcançando vários recordes e batendo as suas próprias expetativas.

A receita subiu 7,4% face a 2023, atingindo 56,2 mil milhões de euros, com as três marcas do Grupo — Renault, Dacia e Alpine — a terem contribuído positivamente para este resultado.

Isto traduziu-se em lucros absolutos históricos de 4,26 mil milhões de euros, mais 146 milhões de euros do que em 2023, tendo atingindo uma margem operacional de 7,6%. As expectativas para 2024 foram, assim, batidas: tinha previsto uma receita de 54,5 mil milhões de euros e uma margem operacional de 7,5%.

Dacia Sandero na estrada, frente
© Dacia Dacia Sandero é sinónimo de sucesso. Vendas aumentaram e conquistou a liderança do mercado europeu. E o português também.

Impacto da Nissan

Porém, nem tudo são boas notícias. O Grupo Renault é o maior acionista da Nissan — tem uma participação de 36% —, e os problemas pelos quais o construtor japonês passa também afetaram as contas do grupo francês — perceba o que está em causa:

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Entre outras receitas e despesas reportadas pelo Grupo Renault, anunciou um resultado negativo de 1,687 mil milhões de euros. Neste valor está incluindo uma perda de capital de 1,5 mil milhões de euros pela alienação das ações da Nissan que efetuou o ano passado.

A contribuição de outras empresas associadas para os resultados, como a Nissan ou a Horse (joint venture com a Geely), também ficou no vermelho: 521 milhões de euros de prejuízo, quando em 2023 tinha lucrado 880 milhões de euros.

Fazendo as contas a isto tudo, o lucro líquido do Grupo Renault em 2024 foi de apenas 891 milhões de euros. Caso o impacto negativo da Nissan fosse excluído das contas, esse lucro seria de 2,8 mil milhões de euros, mais 500 milhões de euros face a 2023.

Razões do sucesso

Já deu para perceber que, quando excluímos a Nissan das contas, a estratégia Renaulution implementada por Luca de Meo, o diretor-executivo do Grupo Renault, foi um retumbante sucesso.

Um sucesso que, nas contas de 2024, pode ser justificado não só pelo aumento de vendas — mais 1,3 pontos percentuais face a 2023 — , mas também pelo mix de vendas: 63% das vendas foram para particulares (21 pontos acima da média do mercado); e 41,3% das vendas da marca Renault vieram do segmento C e D (familiares compactos e médios).

Tanto num caso como no outro, garante melhores margens por unidade do que vender para frotas ou ficar excessivamente dependente do segmento B (utilitários).

Claro que o lançamento de novos modelos também ajudou: foram lançados 10 modelos novos e dois facelifts no ano passado. Renault Scenic, Rafale, Symbioz e 5, ou o Dacia Duster são alguns dessas novidades.

Expectativas para 2025

Apesar da incerteza na procura e das restrições regulatórias, o Grupo Renault espera melhorar o seu desempenho financeiro em 2025. Para isso, vai contar com os modelos lançados no final de 2024 (Renault 5, por exemplo) e também com uma ofensiva planeada para este ano: sete modelos novos e dois facelifts.

No entanto, o Grupo Renault prevê que a margem operacional seja inferior, de 7%, devido ao potencial impacto negativo — estimado em um ponto percentual — das metas de emissões de CO2 na Europa.

Até agora, o grupo francês não mostrou intenções de juntar a outros para conseguir cumprir com as novas metas de emissões estabelecidas para este ano e evitar as pesadas multas.

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