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Stellantis teve queda gigante nos lucros em 2024. Entenda as causas

A Stellantis registou um tombo gigante nos lucros em 2024. Os principais «culpados» neste resultado foram os mercados norte-americano e europeu.

© FIAT

O ano de 2024 nunca será recordado na Stellantis pelas melhores razões. Quebras expressivas de vendas, receitas e lucros, e isto sem entrar nos tumultos internos. Estes culminaram na saída de Carlos Tavares, o executivo português responsável pela criação deste gigante automóvel e, até agora, o seu único diretor-executivo.

O grupo divulgou os números de 2024 e são elucidativos: os lucros líquidos caíram 70%, para os 5,5 milhões de euros, bem abaixo dos 18,6 mil milhões de euros obtidos em 2023.

A receita líquida também caiu 17% em relação ao ano anterior, atingindo 156,9 mil milhões de euros (contra 189,5 mil milhões de euros em 2023). Além disso, a margem operacional também deu um tombo para 5,5% — caiu mais de metade face a 2023, quando teve uns excelentes 12,8%.

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© RAM RAM 1500 Pick-up

Resultados por mercado

Todas as regiões do mundo onde a Stellantis está presente tiveram um desempenho negativo em 2024. Não só perdeu vendas em todas as regiões, à exceção de uma, como perdeu rentabilidade.

As causas para estes resultados negativos são várias: descontinuação de modelos populares, atrasos no lançamento de outros, perdas de rentabilidade devido ao aumento de incentivos e custos relacionados com garantias, entre outros.

O destaque, pela negativa, é a América do Norte, onde as vendas caíram 25% e a receita líquida diminuiu 27%. A empresa atribuiu essa queda à menor disponibilidade de modelos que foram descontinuados, como o Dodge Charger e Challenger, Chrysler 300 e Jeep Cherokee e Renegade.

Na Europa alargada, a receita líquida caiu 11% e as vendas recuaram 8%. O grupo justificou este declínio com fatores como o atraso no lançamento dos modelos com a plataforma Smart Car (Citroën C3, por exemplo), aumento de incentivos de compra (que diminuíram a margem por unidade) e um mix de produtos negativo, entre outros.

No Médio Oriente e África, a receita líquida encolheu 4%, enquanto na América do Sul o impacto foi menor, com uma queda de apenas 1%. A América do Sul foi o único mercado onde a Stellantis observou um crescimento do volume de vendas (mais 4%), impulsionado principalmente pelo mercado brasileiro.

Já na China, Índia e Ásia-Pacífico, a empresa também registou perdas devido à redução nas vendas, mas sem impacto significativo no balanço geral.

A Maserati, a única marca da Stellantis cujos resultados são apresentados separadamente, também enfrentou dificuldades, com uma redução de 1,2 mil milhões de euros nas receitas.

Perspetivas para 2025

Apesar dos resultados negativos, a Stellantis prevê um crescimento para 2025, seja ao nível das receitas, como ao nível da rentabilidade.

Para isso vai contar com o lançamento de 10 novos modelos e apostar em novas tecnologias, que vão da Inteligência Artificial à introdução do STLA AutoDrive, o primeiro sistema de condução automatizada desenvolvido pela empresa.

Mas, entre tudo o que está previsto acontecer na Stellantis em 2025, talvez o mais importante seja a nomeação de um novo diretor-executivo para suceder a Carlos Tavares, ainda durante o primeiro semestre do ano. Recorde-se que o anterior diretor-executivo, renunciou ao cargo em dezembro de 2024.

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