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Skoda prolonga “vida” de modelos com motor de combustão

A Skoda anunciou que vai prolongar a «vida» dos motores de combustão até 2030, mas isso não quer dizer que o lançamento de elétricos abrande.

Skoda Kamiq
© Skoda

A Skoda juntou-se à lista de construtores que optaram por rever a sua estratégia de futuro. Em vez de um foco quase total nos modelos 100% elétricos, os Skoda equipados com motores de combustão ainda se vão manter em produção durante mais algum tempo.

Embora a Skoda tenha uma linha robusta de lançamentos planeada, a marca enfrenta um desafio comum a toda a indústria. Ou seja, o arrefecimento da procura por automóveis 100% elétricos, cada vez mais proeminente.

Segundo dados da ACEA, até agosto, a procura por automóveis elétricos decresceu 5,5%, com um total de 1 213 626 unidades comercializadas.

Skoda Fabia
© Skoda

O CEO da marca, Klaus Zellmer, em declarações à Autocar, justifica esta descida com fatores como o preço elevado dos automóveis, a autonomia limitada, a infraestrutura de carregamento insuficiente e, além disso, a pouca variedade de oferta.

Por esse motivo, o ritmo de lançamento de modelos 100% elétricos está a ser repensado. Recentemente, a marca checa apresentou o facelift do Skoda Enyaq e ainda o novo Skoda Elroq.

Segundo os planos da marca, a estes dois deverão seguir-se o Epiq, mas também um modelo baseado no protótipo Vision 7S e uma carrinha elétrica de 4,7 m de comprimento. Esta até poderá herdar o nome Octavia, mas a sua apresentação foi adiada para 2027 ou 2028.

“Estamos a abrandar a transformação de veículos 100% elétricos e a repensar a cronologia.”

Klaus Zellmer, CEO da Skoda

Combustão ganha anos de «vida»

O ajuste nos planos de futuro da marca também se aplica aos Skoda com motores de combustão. A novidade é o anúncio do prolongamento da sua produção até 2030: “Inicialmente, anunciámos que iríamos eliminar gradualmente o Fabia, o Kamiq e o Scala até 2027. Mas agora temos luz verde para que estes se mantenham em produção até ao final da década”, disse Zellmer.

“Nós sempre dissemos que íamos dar aos consumidores o que eles querem e não aquilo que nós achamos que é correto. E sempre dissemos que íamos ser o mais flexíveis possível.”

Klaus Zellmer, CEO da Skoda

O CEO comentou ainda que a autonomia já não precisa de ser um problema: “Quem é que faz 560 km no dia a dia? E, mesmo que faça, basta uma paragem num ponto de carregamento, carregar até 60% e em 15 minutos está pronto. Não é um problema.”

“Os hábitos estão a mudar, mas as pessoas estão a ter dificuldade em mudar o seu comportamento em relação aos automóveis elétricos. Por isso, precisamos de lhes dar mais tempo e é por esse motivo que continuamos a oferecer alternativas”, afirma.

Fonte: Autocar

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