Notícias Elétricos da Smart são produzidos apenas na China mas isso pode mudar

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Elétricos da Smart são produzidos apenas na China mas isso pode mudar

A Smart está a ponderar trazer a produção dos seus modelos elétricos para a Europa. Fique a saber as razões.

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© smart

Desde que terminou a produção do Fortwo em Hambach, França — fábrica foi vendida à Ineos —, a nova geração de modelos exclusivamente elétricos da Smart passou a ser produzida em Xian, na China. No entanto, o caso pode estar prestes a mudar de figura.

Dirk Adelmann, diretor-executivo da Smart na Europa, em declarações à Autocar, disse que o construtor está a ponderar trazer a sua produção de modelos elétricos para a Europa.

Há várias razões para este possível retorno. A primeira justifica-se com o facto da procura estar aumentar no mercado europeu, ao mesmo tempo que o custo de exportar se torna mais caro. Assim, torna-se mais fácil satisfazer a procura com produção local.

Smart #1 vista dianteira 3/4
© Smart Smart #1

A segunda razão, acrescentou Adelmann, é o facto de a Smart estar a planear entrar em mais mercados, o que pode influenciar a sua decisão. “Existe a necessidade de pelo menos pensar sobre uma pegada de produção diversificada, mas não está nada decidido ainda”, afirmou o CEO da marca.

“Fabricar localmente é uma boa ideia, se a estrutura de custo for comparável à estrutura de custos que nós já temos (na China).”

Dirk Adelmann, CEO da Smart na Europa

Ademais, é impossível não referir as relações comerciais entre a Europa e a China. Estas estão cada vez mais agrestes, sobretudo após a decisão da Comissão Europeia (CE) em agravar as tarifas de importação sobre automóveis elétricos produzidos no país asiático.

No caso da Smart, a taxa adicional de importação é de 19,9% (sobre os 10% já existentes). Produzir na Europa evita esse custo adicional. Saiba em quanto é que cada fabricante foi taxado:

No entanto, o CEO da Smart na Europa avançou que a decisão de voltar a ter produção no continente europeu é “estratégica” e “separada da decisão da Comissão Europeia”.

Adiantando ainda que até dia 2 de novembro — data em que as tarifas definitivas vão ser anunciadas — a Smart não irá tomar qualquer decisão permanente. Addelmann afirmou: “ainda há muito para ser discutido entre a CE e a China”.

Posição da Smart

Há semelhança de outros, como é o caso do Grupo Volkswagen, a Smart já se veio opor ao agravamento destas tarifas.

“Nós não vemos o protecionismo como a resposta para os problemas de hoje, e esperamos sinceramente que os dois continentes cheguem a uma solução, que não acabe numa guerra comercial.”

Dirk Adelmann, CEO da Smart na Europa

Acrescenta ainda que a imposição destas tarifas pode culminar em preços mais altos para a Europa. Como o próprio diz: “se toda a indústria está a aceitar as tarifas, ou os clientes «engolem» o aumento de preços ou os clientes afastam-se dos elétricos, o que seria um desastre para a Europa.”

Quando questionado sobre se o negócio da Smart continuará a ser viável na Europa, com esse custo adicional de 20%, Dirk Adelmann respondeu que “essa é a grande questão. Vai depender do que a concorrência está a fazer e se os europeus regressam ou não aos carros a combustão”.

Não obstante, Adelmann afirmou que os compradores de veículos elétricos continuam “relutantes”. No entanto, está otimista em relação ao facto de que a Smart continuará a crescer com os seus dois atuais modelos à venda — #1 e #3, e com a chegada do #5 em meados do próximo ano.

Fonte: Autocar

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