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Combustíveis sintéticos

Stellantis está a testar 28 famílias de motores com combustíveis sintéticos

A Stellantis está a terminar testes a motores de combustão produzidos na última década, avaliando-os com o uso de combustíveis sintéticos.

Motor 1.2 PureTech 130 cv
© PSA

Carlos Tavares, o diretor executivo da Stellantis, continua a levar o grupo para um cenário europeu 100% elétrico, algo que deverá acontecer até ao ano 2030.

Contudo, antes de isso acontecer, ainda há muito que pode ser feito para reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2), nomeadamente com o recurso a combustíveis sintéticos ou eFuels.

Combustíveis sintéticos
© Amadeus Bramsiepe, KIT

A Stellantis está a finalizar testes com os eFuels em 28 famílias de motores que envolvem 28 milhões de veículos produzidos pelas marcas do grupo desde 2014 (Euro 6). O potencial de redução das emissões de CO2 é de até 90%, avança a Stellantis, recorrendo aos combustíveis sintéticos.

“A utilização de eFuels num volume máximo de 28 milhões de veículos Stellantis tem um potencial de reduzir até 400 milhões de toneladas de emissões de CO2 na Europa de 2025 a 2050.”

Stellantis

Serão viáveis?

O objetivo desta ação é o de testar a viabilidade dos combustíveis sintéticos em diversos parâmetros, independentemente de se tratarem de motores a gasolina ou Diesel.

Segundo o protocolo de validação usado pela Stellantis, os mais diversos testes incluem a capacidade de arranque, potência do motor e fiabilidade. Além disso, avaliam ainda a diluição de óleo, o depósito de combustível, o desgaste de condutas de combustível e filtros, e, claro, as emissões de escape.

“(…) Enquanto continuamos firmes na execução da nossa estratégia agressiva de eletrificação, também devemos encontrar alternativas inteligentes para lidar com as emissões de CO2 de 1,3 mil milhões de viaturas com motores de combustão interna existentes.”

“Ao trabalhar para garantir que os nossos motores Stellantis sejam compatíveis com os eFuels, pretendemos dar aos nossos clientes uma nova ferramenta na luta contra o aquecimento global e que poderá ter um impacto quase imediato. (…)”

Carlos Tavares, diretor executivo da Stellantis

Vantagens

A utilização de combustíveis sintéticos tem a principal vantagem de poderem ser um substituto direto dos combustíveis fósseis. Ou seja, não requer uma atualização do sistema de combustível do motor de combustão e não obriga à substituição de um automóvel.

Além de também não ser necessário aguardar pela implementação de uma nova rede de infraestruturas (pode aproveitar as já existentes).

Produzidos a partir de CO2 atmosférico capturado e usando energias renováveis, os combustíveis sintéticos apenas necessitam de uma zona de produção próxima de cinturas eólicas e solares. Ao contrário da obrigatoriedade da existência de locais de extração de combustíveis fósseis.

Plano estratégico sem alterações

Apesar dos avanços na questão dos combustíveis alternativos, o plano estratégico Dare Forward 2030 da Stellantis mantém precisamente o mesmo rumo. Ou seja, a venda exclusiva de automóveis 100% elétricos até ao final da década e a desejada neutralidade carbónica até 2038.

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