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Tudo o que a Stellantis está a fazer na Europa depois da saída de Carlos Tavares

O início deste mês tem sido atribulado para a Stellantis, que já anunciou várias medidas depois da renúncia do seu diretor executivo.

Peugeot 208
© Stellantis

No passado dia 1 de dezembro, Carlos Tavares, ex-diretor executivo da Stellantis, apresentou a sua demissão, com efeitos imediatos. Passadas duas semanas, o grupo já tinha anunciado uma série de novas medidas, numa tentativa de impulsionar as suas operações na Europa.

Recentemente, Jean-Philippe Imparato, diretor executivo europeu da Stellantis, reuniu-se com os quatro principais concessionários europeus do grupo para definir metas de vendas para 2025. Este ano tem sido particularmente desafiante para a Stellantis, que registou, entre janeiro e outubro, uma queda de 7,1% nas vendas, totalizando 1 700 846 unidades comercializadas na Europa, segundo dados da ACEA.

A quebra nas vendas poderá ter contribuído para o desgaste das relações entre Tavares e os acionistas, que, segundo Henri de Castries, diretor independente da Stellantis, foi um dos principais motivos da renúncia.

Gama veículos eletrificados Stellantis
© Stellantis

O que já foi feito?

Uma das principais ações da «nova» Stellantis foi o anúncio da intenção de regresso à Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA), depois de, em 2022, ter abandonado a organização.

Recorde-se que pouco antes da saída de Tavares, este tinha sido bastante vocal relativamente ao posicionamento do lóbi automóvel, mostrando-se contra algumas medidas defendidas pela ACEA, como o adiamento das metas de redução das emissões de CO2 (dióxido de carbono), previstas para 2025.

Além disto, Imparato anunciou a nomeação de novos líderes para os dois maiores mercados do Grupo: França e Alemanha. Xavier Duchemin assume agora as operações em França, enquanto Florian Huettl, também diretor executivo da Opel, liderará o mercado alemão.

Fim das tensões com Itália?

A relação entre a Stellantis e o Governo italiano tem sido marcada por momentos de tensão. Um exemplo disso foi a proibição da Alfa Romeo de utilizar o nome “Milano” num dos seus modelos, obrigando à mudança para “Junior”.

Adicionalmente, os planos de deslocalização industrial de alguns projetos de automóveis italianos e a paralisação da fábrica de Mirafiori, em Turim, onde é produzido o Fiat 500 elétrico, intensificaram a tensão com o Executivo italiano.

Contudo, Jean-Philippe Imparato mostrou-se otimista numa entrevista de dia 9 de dezembro. Afirmou que Itália tem potencial para se tornar o segundo maior produtor de automóveis da Europa, nos próximos cinco anos. No ano passado, era o sétimo maior mercado automóvel europeu.

“Nós não vamos desistir de Mirafiori e não vamos desistir de Turim. A Stellantis não vai abandonar a Itália, disso podem ter a certeza.”

Jean-Philippe Imparato, diretor executivo europeu da Stellantis

Imparato reiterou o compromisso de não fechar fábricas em Itália e anunciou planos para lançar uma versão híbrida do Fiat 500 até ao final de 2025, com o objetivo de aumentar as vendas deste modelo.

Fonte: Automotive News Europe

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