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Citadinos elétricos? A Toyota tem uma visão diferente da concorrência

A Toyota resiste ao desenvolvimento de citadinos elétricos acessíveis que estamos a ver noutras marcas. Perceba o que está em causa.

Enquanto marcas como a Volkswagen ou a Renault vão apostar numa nova geração de citadinos elétricos mais acessíveis — preços de 20 mil euros —, a Toyota mantém-se cética quanto à viabilidade dessas propostas (segmento A) no mercado europeu.

O fabricante japonês não acredita que seja possível produzir um modelo elétrico de segmento A por menos de 20 mil euros, sem comprometer a rentabilidade do modelo.

“Dado o atual custo das baterias, tenho dúvidas que a produção na Europa possa ser lucrativa por esse preço (20 mil euros)”, afirmou Yoshihiro Nakata, diretor executivo europeu da marca, numa entrevista à Automotive News.

Baixa rentabilidade

Até mesmo as marcas que estão a avançar com este tipo de modelo reconhecem as dificuldades financeiras.

Na apresentação de resultados do Grupo Volkswagen, Oliver Blume, confirmou que a margem operacional do ID.1 será “baixa”. Arno Antlitz, diretor financeiro do grupo alemão, reforçou esta preocupação: “atingir margens positivas com o ID.1 vai ser difícil”.

Volkswagen ID.Every1, frente 3/4
© Volkswagen Volkswagen ID.Every1 antecipa o modelo de produção de um citadino elétrico que vai ser produzido na Autoeuropa, em Palmela.

Como que a reforçar o argumento, tanto a SEAT S.A. como a Škoda, ambas marcas do Grupo Volkswagen, descartaram para já um modelo irmão do ID.1, considerando-o pouco rentável nas atuais condições de mercado.

Matthew Harrison, diretor corporativo da Toyota, também alertou para os desafios do segmento: “os citadinos vão ser o segmento mais difícil de eletrificar, porque a acessibilidade e o custo são críticos para o consumidor”.

Já Andrea Carlucci, gerente de marketing e desenvolvimento de produtos da Toyota Europa, disse que “a conveniência, rentabilidade e acessibilidade são características que ainda faltam a este tipo de veículos (citadinos)”.

Será a Toyota uma visionária?

Apesar de tudo, a Toyota garante que não está a desistir dos citadinos, apenas aguarda o momento certo. “Não queremos abandonar o segmento A. Não desistimos da última vez e não estamos a pensar desistir agora”, afirmou Harrison.

O responsável refere-se à altura em que a Citroën e a Peugeot saíram da parceria com a Toyota, que nos deu duas gerações de citadinos, Citroën C1, Peugeot 107 e 108 e Toyota Aygo.

A Toyota seguiu sozinha com o Aygo X, com as sinergias e economias de escala a serem feitas agora internamente, com o Yaris, que se posiciona um segmento acima.

Atualmente, o Aygo X é um dos modelos mais vendidos da marca na Europa, com 97 466 unidades comercializadas. Embora o segmento A tenha continuado a cair em 2024 na Europa — vendas caíram 22% —, o Aygo X contrariou a tendência e cresceu cerca de 50% em vendas, ficando apenas atrás do FIAT Panda (Fonte: Dataforce).

E um Yaris elétrico?

Se um Aygo X elétrico não é por agora viável, será que no segmento acima (B) onde está o Yaris, as contas já batem certo?

Andrea Carlucci, em declarações à Autocar, diz que também não é a altura certa: “A ideia é acrescentar um Yaris elétrico à nossa gama, mas por enquanto não é uma das nossas prioridades. O momento certo vai chegar, mas não agora”.

O que talvez justifique a decisão cautelosa da Toyota em entrar neste segmento com um SUV 100% elétrico, desenvolvido e produzido pela Suzuki, o Urban Cruiser:

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