Notícias De malas feitas. Toyota reforça aposta na China com baterias e software

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De malas feitas. Toyota reforça aposta na China com baterias e software

BMW, Audi, Volkswagen e agora a Toyota. Foram apenas alguns dos gigantes que nos últimos dias anunciaram investimentos na China.

Com a eletrificação galopante da indústria automóvel — principalmente na Europa — quase todos os construtores estão a reforçar a sua aposta no mercado chinês.

Os motivos são conhecidos. É neste país que encontramos o maior mercado automóvel do mundo, a maioria das reservas exploráveis de metais raros do planeta e, coincidentemente, detém o monopólio mundial da produção de baterias.

Toyota bZ3 perfil
© Toyota Toyota bZ3. Berlina elétrica especifica para o mercado chinês.

É por todos estes motivos que as marcas tradicionais estão a reforçar a sua aposta na China. O anúncio mais recente aconteceu esta semana. A Toyota vai reforçar o desenvolvimento de veículos elétricos na China e não vai sozinha.

Toyota com know-how chinês

Neste reforço da aposta no mercado chinês a Toyota não está sozinha. Os históricos fornecedores de componentes da marca japonesa vão acompanhar este movimento, nomeadamente a Denso e a Aisin — cujo capital é maioritariamente da Toyota.

O objetivo primordial desta decisão é acelerar o desenvolvimento de baterias para carros elétricos. Mas não é tudo. O desenvolvimento de sistemas de infoentretenimento avançados é outro dos pontos que a Toyota quer desenvolver na China.

Nesta unidade de desenvolvimento já existente — e que vai continuar a crescer — a Toyota vai contar com o contributo de engenheiros oriundos da FAW Group, Guangzhou Automobile Group (GAC) e BYD, fruto das várias joint venture celebradas pelo construtor naquele país. Em comunicado, a marca não revela quantos engenheiros de cada marca vão estar a colaborar.

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Este movimento não significa porém o abandono dos veículos híbridos, que mantém uma forte procura e onde a Toyota continua a liderar. Aliás, a marca reforça que vai continuar a apostar nesta tecnologia e também nos veículos a hidrogénio.

A Toyota não está sozinha

À medida que as marcas chinesas começam a ganhar tração no mercado, as marcas tradicionais não querem perder posições. Principalmente na China, devido aos motivos já enunciados.

É por isso que as marcas «não chinesas» estão a reforçar a sua aposta neste mercado. É o caso da BMW, que no passado mês de julho anunciou um reforço do investimento no desenvolvimento de automóveis na China, com um novo centro de Investigação e Desenvolvimento localizado em Xangai.

A Volkswagen está a seguir o mesmo caminho. A semana passada anunciou uma parceria com a chinesa Xpeng Inc para fabricar dois novos modelos 100% elétricos em 2026. A Audi também «fez as malas» e colocou mais um pé no mercado chinês através da SAIC, com a qual vai partilhar uma nova plataforma.

A lista podia continuar, mas estes são apenas alguns dos «movimentos» mais recentes numa indústria que está atravessar a maior transformação da sua história.