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Presidente da CE reeleita. Zero emissões em 2035 são para manter?

Ursula von der Leyen foi reeleita presidente da CE há menos de 24 horas, mas já reforçou 2035 como o fim dos carros novos com emissões na UE.

Jaguar F-Type
© Jaguar

A presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, foi reeleita ontem, dia 18 de julho. E não perdeu tempo em reforçar que o fim da venda de automóveis novos a combustão que emitam CO2 continua agendado para 2035.

Ursula von der Leyen foi reeleita por escrutínio secreto com 401 votos a favor, 284 contra, 15 abstenções e sete votos em branco, superando os 360 votos mínimos necessários. Dá assim início ao seu segundo mandato, que terá uma duração de cinco anos.

Apesar da presidente da CE ter reforçado que as metas para 2035 se mantêm, a mesma apoiou igualmente a proposta de isenção dos combustíveis sintéticos. Esta proposta vai ao encontro da que foi apresentada pelo PPE, partido de centro-direita que obteve a maior percentagem de votos nas eleições europeias, ocorridas no passado mês de junho.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia

Recordamos que esteve em discussão uma revisão da proibição da venda de automóveis novos com motores de combustão em 2035, segundo um documento preliminar do PPE (Partido Popular Europeu).

Assim sendo, as metas de redução das emissões de CO2 dos veículos novos já conhecidas não sofrem alterações. No período 2025-2029 as emissões médias de CO2 dos veículos novos têm de ser reduzidas em 15%, traduzindo-se numa média de 93,6 g/km (ciclo WLTP). Entre 2030 e 2034 esse valor terá de descer até às 49,5 g/km.

A partir de 2035, a redução das emissões foi fixada em 100%, ou seja, qualquer carro novo vendido na UE terá de ter zero emissões de CO2. Isto implica que, a partir dessa data, só se possam vender automóveis novos 100% elétricos. Ou seja, isso significaria o fim do motor de combustão interna entre os automóveis novos.

Contudo, no ano passado foi aberta uma exceção para os automóveis com motor de combustão que consumam exclusivamente combustíveis sintéticos ou neutros em carbono. É esta exceção que Ursula von der Leyen diz apoiar.

Os planos de Ursula von der Leyen

Antes da votação, a presidente agora reeleita prometeu que iria manter as ambições climáticas da UE, aumentar a sua competitividade e priorizar a proteção da Europa.

Nos primeiros 100 dias do seu mandato, von der Leyen prometeu que vai lançar um “Clean Industrial Deal” (Acordo Industrial Limpo) de forma a impulsionar a indústria europeia, ao mesmo tempo que prepara o caminho para uma redução de 90% das emissões até 2040.

Os desafios serão muitos para a implementação destes objetivos climáticos ambiciosos: desde a ameaça pendente de uma guerra comercial com a China, à eleição do próximo presidente dos EUA.

Fonte: Reuters

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