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Stellantis volta a insistir: Maserati não está à venda

A Maserati está a passar por um período difícil, mas uma coisa é certa: a Stellantis não faz intenções de vender a marca de luxo.

Maserati MC20 GT2 Stradale, frente
© Maserati

Os problemas da Maserati não são uma novidade. Apesar de contar com mais de um século de história no mundo automóvel, os últimos anos do construtor têm sido marcados por prejuízos e vendas muito abaixo do desejado.

Agora, após a aplicação das tarifas automóveis de 25% por Donald Trump, presidente dos EUA, os problemas agudizaram-se: os EUA são, tradicionalmente, o maior mercado da Maserati e todos os modelos são importados de Itália.

Grecale Folgore - frente
© Maserati Maserati Grecale Folgore

Isto significa que a competitividade da Maserati face à concorrência local fica comprometida: ou a Maserati aumenta os preços em igual proporção arriscando a perda de vendas, ou absorve os custos adicionais o que afeta a rentabilidade.

Recentemente, um porta-voz da Stellantis confirmou que o grupo terá contratado os serviços da McKinsey, uma consultora, para analisar o impacto das novas tarifas, não só na Maserati como também na Alfa Romeo. A decisão acentuou os receios de uma possível reestruturação das marcas italianas.

Rapidamente surgiram rumores de que a Stellantis estaria a equacionar a venda da Maserati, como já tinha acontecido o ano passado. A Stellantis fez questão de desmentir, novamente, os rumores de venda.

Essa garantia veio na forma de uma carta enviada por Santo Ficili, o diretor-executivo da Maserati, ao sindicato UILM Union (União Italiana dos Trabalhadores Metalúrgicos), onde diz que “a Stellantis continua comprometida com a Itália, os seus trabalhadores e as suas marcas, incluindo a Maserati.” E acrescentou: “Os EUA mantêm-se um mercado estratégico para a Maserati.”

Apoios retirados e quedas nas vendas

Apesar do tom tranquilizante, os números da Maserati continuam a preocupar. Em 2024, a Maserati registou um prejuízo de 260 milhões de euros, e uma queda nas vendas globais de 57%, passando de 26 600 para 11 300 unidades.

No primeiro trimestre de 2025, a tendência manteve-se, com um decréscimo adicional de 48% face ao mesmo período do ano anterior.

Já este ano vimos a Stellantis cancelar um investimento de 1,5 mil milhões de euros na Maserati, que estava destinado ao desenvolvimento de novos modelos, como as novas gerações exclusivamente elétricas do Quattroporte e do Levante.

Pouco tempo depois dessa decisão, a Maserati decidiu também cancelar o lançamento do MC20 Folgore, um superdesportivo 100 % elétrico, que estava previsto desde o início do projeto.

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