Notícias Volkswagen vai acabar com Arteon em nome da eficiência e lucros

Indústria

Volkswagen vai acabar com Arteon em nome da eficiência e lucros

O fim do Arteon é uma das medidas do programa Accelerate Forward, destinado a otimizar o desempenho da Volkswagen e melhorar as margens de lucro.

Volkswagen Arteon R-Line
© Volkswagen

A Volkswagen apresentou o programa “Accelerate Forward | Road to 6.5”, destinado a impulsionar o desempenho da marca e a sua rentabilidade.

Traduzido em números, o objetivo é melhorar os ganhos em 10 mil milhões de euros e alcançar margens de lucro de 6,5% até 2026, o que permitirá novos investimentos em tecnologia, mas também manter empregos. As margens no primeiro trimestre deste ano foram de 3,0%.

Durante a apresentação, Thomas Schäfer, o diretor executivo da Volkswagen, referiu algumas das medidas previstas para que isso aconteça.

2020 Volkswagen Arteon Shooting Brake, Arteon
© Volkswagen

Entre elas, está uma maior concentração nos modelos de grande volume, o que acaba por ditar o fim de outros. E o Volkswagen Arteon é um dos que nos vamos ter de despedir.

Schäfer referiu ainda que, para os modelos que ficam, assistiremos a uma redução do número de variantes, reduzindo, também assim, a complexidade. E deu o exemplo do novo ID.7, que apresenta um número de configurações 99% inferior às que o Golf 7 tinha.

Essa otimização, além da redução do número de modelos e variantes, vai permitir um foco renovado na melhoria do produto e no rendimento das matrizes de componentes MQB (Modular Transverse Toolkit) e a MEB (Modular Electric Drive Toolkit).

Não se fica pelo produto em si; esta otimização vai também afetar o modelo de vendas e a extinção de diversos processos burocráticos.

Thomas Schäfer
© Volkswagen Thomas Schäfer, diretor executivo da Volkswagen

Otimização de modelos e marcas

No plano industrial, a Volkswagen quer ainda mais as sinergias entre as outras marcas de volume do grupo — SEAT/CUPRA e Škoda —, e a Volkswagen Veículos Comerciais.

O que se traduzirá em cada vez mais fábricas e plataformas multimarcas, com a Volkswagen a dar o exemplo dos futuros elétricos mais acessíveis — Volkswagen ID. 2All, CUPRA Raval e um modelo da Škoda (ainda sem nome) —, que estão a ser desenvolvidos pela SEAT S.A. e serão produzidos nas suas fábricas em Espanha.

O construtor alemão dá ainda o exemplo das próximas gerações do Volkswagen Passat e do Škoda Superb. O Passat será desenvolvido e produzido pela Škoda, uma sinergia que se traduzirá numa «eficiência» de custos em torno dos 600 milhões de euros ao longo da vida de ambos os modelos.

Há um novo departamento de gestão de projetos

Entre outras medidas estratégicas, este programa inclui, por exemplo, a otimização de processos administrativos, mas também uma maior eficiência nas fases de desenvolvimento de produção de novos modelos.

O CEO da Volkswagen destacou ainda a importância da colaboração com os representantes dos funcionários para que este novo programa possa ser implementado da melhor forma.

Por isso foi criado um novo departamento de gestão de projetos (PMO, Project Management Office), que será liderado por Stephan Wöllenstein. Em conjunto, é esta a «equipa» que vai definir os detalhes e as medidas específicas a implementar, previstas para outubro deste ano.

De uma forma geral, e tal como refere Thomas Schäfer, com o programa “Accelerate Forward | Road to 6.5”, a Volkswagen pretende fortalecer a marca e garantir a sua sustentabilidade financeira.

Desta forma, poderá investir no desenvolvimento de novos modelos e tecnologias, mas também modernizar as suas fábricas e apostar em mais formação para os seus trabalhadores. Tudo com o objetivo de garantir um futuro bem sucedido para a Volkswagen.

Sabe esta resposta?
Na África do Sul houve uma versão muito especial do BMW Série 3 (E30). Qual a sua designação?
Oops, não acertou!

Pode encontrar a resposta aqui:

BMW 333i (E30). O «primo do M3» que pouca gente conhece