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Volkswagen sob pressão. Greve em nove fábricas

A Volkswagen e trabalhadores ainda não chegaram a acordo na Alemanha e dão início a greves de advertência. Saiba o que está em causa.

Hoje, segunda-feira, 2 de dezembro, iniciou-se um novo ciclo de greves em nove fábricas do Grupo Volkswagen, de automóveis e componentes. Em causa está a insatisfação dos trabalhadores com a possibilidade de demissões, cortes salariais e o encerramento de fábricas na Alemanha.

Milhares de trabalhadores juntaram-se hoje em Wolfsburgo, Alemanha — principal fábrica da Volkswagen. As instalações de Hanôver, que empregam cerca de 14 mil trabalhadores, e outras três fábricas de componentes — em Emden, Salzgitter e Brunsvique — também foram impactadas.

Volkswagen - jante
© Volkswagen

A greve de apenas duas horas em Wolfsburgo pode significar o atraso na produção de centenas de carros, como é o caso do Golf.

“Greves de advertência vão começar em todas as fábricas da marca a partir de segunda-feira. A duração e a intensidade do conflito dependem da Volkswagen.”

Thorsten Groeger, líder sindical alemão e membro da direção da IG Metall

“Diálogo construtivo” é a solução

Apesar do clima de instabilidade que se faz sentir no grupo alemão, o construtor continua a apostar no “diálogo construtivo” como forma de arranjar uma solução sustentável.

“A Volkswagen respeita o direito dos trabalhadores de participarem em greves de advertência”, avançou um porta-voz em resposta ao anúncio do sindicato.

Posto isto, a empresa preparou antecipadamente várias medidas para reduzir os efeitos negativos da greve, garantindo um nível básico de operações.

Opinião do sindicato

Thorsten Groeger, líder sindical alemão e membro da direção da IG Metall, o sindicato que lidera as negociações, vê estas negociações com outros olhos: “se for necessário, esta vai ser a batalha mais dura de negociações coletivas que a Volkswagen já enfrentou”.

Caso não seja alcançado um acordo nas próximas negociações salariais, previstas para 9 de dezembro, o protesto laboral pode transformar-se numa greve de 24 horas, ou, até mesmo, sem limite.

Leia também: Volkswagen anuncia venda das operações no noroeste da China

Na semana passada, o sindicato propôs medidas que poderiam economizar até 1,5 mil milhões de euros, que incluíam a renúncia de bónus salariais para 2025 e 2026 e a redução do número de horas de trabalho. O construtor alemão rejeitou a proposta alegando que as medidas apenas teriam efeitos positivos a curto-prazo.

A Volkswagen continua a insistir em cortes salariais de 10% e continua a estar presente a ameaça de fecho de três fábricas na Alemanha. A acontecer, será a primeira em 87 anos de existência da marca.

Os responsáveis da Volkswagen querem reduzir os custos em quatro mil milhões de euros, para melhorar a rentabilidade e melhor enfrentar as ameaças no mercado, que passam pela nova concorrência chinesa e por um mercado europeu mais pequeno do que era antes da pandemia (estão-se a vender menos dois milhões de carros por ano).

Como referimos, no próximo dia 9 de dezembro, a IG Metall e a direção da Volkswagen vão reunir-se outra vez em busca de chegar a um consenso.

Fonte: Reuters

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