Terceira ponte sobre o Tejo anunciada mas circulação de carros não está garantida

Além do anúncio do novo aeroporto em Alcochete — batizado de Luís de Camões —, o Governo anunciou também a ligação ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e Madrid, e uma terceira travessia sobre o Tejo, para ligar Lisboa ao novo aeroporto.

De momento existem duas travessias sobre o Tejo, a Ponte 25 de Abril e a Ponte Vasco da Gama. A primeira permite circulação rodoviária e ferroviária, enquanto a segunda só permite circulação rodoviária.

A terceira travessia, que vai unir Chelas ao Barreiro, não está ainda definida no tipo de circulação que vai ter, se apenas ferroviária ou se também rodoviária. Caberá à Infraestruturas de Portugal (IP) estudar as várias configurações possíveis para a nova ponte.

Luís Montenegro, o primeiro-ministro, deu à IP até dezembro do corrente ano para determinar a configuração final da nova ponte (os estudos de impacto ambiental serão feitos em 2025), que passa também por saber quantas linhas ferroviárias esta terá.

De acordo com o apurado pela CNN Portugal, está em cima da mesa a possibilidade de existirem entre duas a quatro linhas ferroviárias.

Prós e contras

As opiniões dividem-se sobre se a nova ponte sobre o Tejo deva ter ou não uma componente rodoviária. Por um lado, estão os argumentos de que contribuirá para mais poluição e um aumento do congestionamento em Lisboa. Por outro, esta travessia mostra-se útil como rede de apoio adicional ao novo aeroporto e às outras duas pontes, que não conseguem fazer frente ao tráfego diário.

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Um dos fatores que pesa a favor de também permitir circulação rodoviária, é o facto de o Barreiro e o Seixal não apresentarem um serviço rodoviário eficaz para Lisboa. Além disso, com o aumento contínuo de veículos 100% elétricos em circulação, poderá mitigar o fator poluição.

Outros fatores em jogo

Também o modelo de gestão é uma das questões que se encontra em discussão. Em 2030, a Lusoponte perde a concessão da Ponte 25 de Abril e da Ponte Vasco da Gama. O que abre a possibilidade do Governo lançar um concurso para uma nova concessão que, além da gestão das duas travessias, incluirá também a construção da nova ponte.

Está também nos planos que a nova ponte permita uma ligação entre Lisboa e o novo aeroporto Luís de Camões através do TGV (comboio de alta velocidade).

“A nova ponte sobre o rio Tejo vai permitir o aumento da competitividade dos serviços ferroviários entre Lisboa e a região sul, Alentejo e Algarve, com a redução do tempo de percurso entre Lisboa e Barreiro para 10 min e de Lisboa para Setúbal para 30 min.”

Governo de Portugal

Recorde que Montenegro anunciou também para 2034 uma ligação de alta velocidade entre Lisboa e Madrid, pelo que também acaba por determinar quando esta terceira travessia sobre o Tejo estará totalmente operacional.

Fonte: CNN Portugal

Mariana Teles

O universo das «quatro rodas» entrou na sua vida por intermédio da Razão Automóvel. É a sua primeira volta no mundo do jornalismo e promete não parar.

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