Jeep Wrangler Rubicon 392. O V8 de 477 cv que faltava para ultrapassar todos os obstáculos “offroad”

Antecipado pelo protótipo Wrangler 392 Concept (curiosamente revelado no mesmo dia que o Ford Bronco), o regresso do motor V8 à gama do Jeep Wrangler faz-se com o Wrangler Rubicon 392.

Não podia estar mais nos antípodas da última versão do Wrangler que conhecemos, a mais ecológica e ambientalmente responsável 4xe, a variante híbrida plug-in do icónico todo o terreno.

Equipado com o mais americano dos motores, um V8 atmosférico com 6.4 l de capacidade (ou 392 polegadas cúbicas, daí a sua designação), o Wrangler Rubicon 392 conta com 477 cv e 637 Nm de binário, valores que são enviados às quatro rodas através de uma caixa automática de oito velocidades e lhe permitem atingir os 96 km/h (60 mph) em apenas 4,5s.

Ainda mais focado para o todo o terreno

Com números de performance deste nível, não deixa de ser curioso que o Jeep Wrangler Rubicon 392 continue a ter grande parte do seu foco no desempenho em todo o terreno ou não fosse um Rubicon.

Para começar, face aos Wrangler Rubicon, este apresenta-se com mais 5 cm de distância ao solo (passa a ser de 26,16 cm), jantes de 17” com pneus de 33” da BFGoodrich — específicos para fora de estrada — e é capaz de atravessar cursos de água com 82,6 cm de profundidade graças ao sistema Hydro-Guide.

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Temos ainda amortecedores da Fox e eixos Dana 44 com bloqueio eletrónico do diferencial. É também possível desconectar eletronicamente a barra estabilizadora dianteira e o chassis foi reforçado, tudo para assegurar que este é o Wrangler de série mais capaz em todo o terreno.

Já no interior, o Wrangler Rubicon 392 conta com bancos em couro com pespontos em bronze (uma referência aos apontamentos nesta cor que surgem no exterior) e um sistema de infoentretenimento com um ecrã de 8,4” (que inclui programas específicos para fora de estrada).

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Com chegada ao mercado americano prevista para o início de 2021, o Jeep Wrangler Rubicon 392 deverá custar menos de 50 mil dólares (42 mil euros) nos EUA. Quanto à possibilidade de vir a ser vendido na Europa, essa está praticamente colocada de parte.

João Delfim Tomé

Apaixonado por automóveis desde sempre, o João divide os seus dias entre as teclas da Razão Automóvel e a chave de parafusos do Lada Niva que está a recuperar.

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