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Koenigsegg Gemera perde motor de 3 cilindros porque “gente fina é outra coisa”

A maioria dos clientes do Koenigsegg Gemera prefere não revelar que o motor do seu hipercarro só tem três cilindros.

Koenigsegg Gemera - 3/4 de frente
© Koenigsegg

A primeira motorização anunciada para o Koenigsegg Gemera (em 2020) era e é um autêntico prodígio da mecânica e da tecnologia da atualidade. Com apenas 2,0 l de capacidade e apenas três cilindros — batizado de Tiny Friendly Giant (TFG), algo como o “pequeno e amigável gigante” —, anunciava uma potência máxima de 600 cv às 7500 rpm.

Além disso, o TFG surge associado a um motor elétrico (designado Dark Matter ou “matéria negra”) que eleva a potência combinada do Gemera para uns expressivos 1400 cv.

Mais tarde, em 2023, a visão de genialidade e loucura de Christian Von Koenigsegg para um modelo mais «familiar» com quatro lugares, foi revelada com uma segunda opção motriz: um 5.0 V8 biturbo associado ao mesmo motor elétrico. A potência combinada? 2300 cv!

Adeus, três cilindros

O resultado desta adição parece ser hoje previsível: o motor de três cilindros deixou de fazer parte do Gemera. E isso não se deve a uma decisão da marca por não estar satisfeita com o desempenho desta motorização.

É que dos 300 Gemera previstos, segundo Christian von Koenigsegg, fundador e diretor-executivo do construtor sueco, foram muito poucos os clientes a optar pelo pequeno TFG. Foram tão poucos, que o próprio von Koenigsegg acabou por os convencer a optar antes pelo Gemera com motor V8.

Mesmo que este três cilindros faça parte de um dos grupos propulsores mais avançados (e fascinantes) do planeta e de um sistema com cerca de 1400 cv de potência combinada, isso não parece ser suficiente para os clientes mais «endinheirados».

Não é preciso visitar um encontro de supercarros para perceber que a tónica dominante são V8, V10, V12, etc. No limite, podem também existir alguns seis cilindros, em “V” ou opostos. Agora, quem gasta mais de 1,5 milhões de euros — sem impostos — num automóvel, não deve gostar da ideia de dizer que o seu exótico tem «apenas» três cilindros.

Quanto ao futuro do seu fascinante motor de três cilindros, von Koenigsegg adianta que “está a ser estudado”. Ainda fica a esperança de que venha a equipar uma das próximas loucuras sobre rodas da Koenigsegg.

Koenigsegg Gemera de traseira com portas abertas
© Koenigsegg O Gemera HV8 condenou o TFG.

Caso fosse instalado no Gemera, seria um dos motores de produção com a potência específica mais elevada, cerca de 300 cv/l — só outro Koenigsegg, o Jesko, faz melhor, com o seu V8 a chegar aos 320 cv/l.

Além disso seria o três cilindros mais potente do mundo — mas pronto, na verdade, são «só» três cilindros…

Assim, por agora, o título de três cilindros mais potente em produção continua a ser o G16E-GTS da Toyota que equipa o GR Yaris, GR Corolla e o Lexus LBX Morizo RR, que por agora, chega aos 304 cv.

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