Lamborghini. Supercarros elétricos (ainda) não fazem sentido

A próxima geração de supercarros da Lamborghini vai combinar hidrocarbonetos com eletrões (híbridos) e até já trabalha no seu primeiro elétrico, e por isso sabemos que a tecnologia elétrica será parte inquestionável do seu futuro.

Mas a fabricante de Sant’Agata Bolognese continua cética, por enquanto, acerca da eletrificação total dos supercarros.

Quem o revelou foi Rouven Mohr, diretor de tecnologia da Lamborghini, em declarações à Motor 1, à margem das 24 Horas de Daytona.

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Lamborghini vê combustíveis sintéticos como alternativa aos elétricos

Se o futuro não passar pelos combustíveis sintéticos, a Lamborghini vai tornar-se 100% elétrica no início da próxima década.

Miguel Dias

Segundo Rouven Mohr, a Lamborghini acredita que “nos supercarros ainda não é a altura certa para a eletrificação total, nem será nos próximos cinco a seis anos”.

Para o responsável da marca italiana, um dos «problemas» da eletrificação total dos supercarros é a massa extra (baterias) face aos seus congéneres com motor de combustão interna.

Além disto, Mohr diz que a Lamborghini “quer evitar que a performance dos seus supercarros esteja demasiado dependente da carga e temperatura das baterias”.

Híbridos permitem o «melhor de dois mundos»

Rouven Mohr afirmou: “continuamos a acreditar que nos supercarros a melhor solução são os motores de combustão e os sistemas híbridos”.

Recorde-se que a partir de 2024 toda a gama da Lamborghini estará, de uma forma ou outra, eletrificada.

O «primeiro passo» nesse sentido passa pelo lançamento do sucessor do Lamborghini Aventador. Com revelação prevista para este ano, será o primeiro híbrido plug-in da marca italiana.

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A este seguem-se o Urus PHEV — um modelo que tem tudo para se tornar num best seller — e o sucessor híbrido (se será plug-in ou não, ainda não foi confirmado) do Huracán.

Elétricos? Sim, mas noutros segmentos

Apesar do ceticismo acerca da eletrificação total dos supercarros, a Lamborghini já prepara o seu primeiro modelo elétrico. Um modelo que, segundo Mohr, será mais versátil e não apenas focado na performance.

Os rumores iniciais apontam para que o primeiro elétrico da Lamborghini recorra à plataforma PPE desenvolvida pela Audi e pela Porsche e, ao que tudo indica, não será um SUV.

Em vez disso, deverá assumir-se como um GT 2+2, ainda que fique por saber qual será o formato final deste modelo — será um crossover (mais baixo), um coupé ou uma berlina, como o protótipo Estoque de 2008?

O que é certo é que deverá chegar na segunda metade da década (2027 ou 2028) e será o quarto modelo da gama, não substituindo diretamente nenhuma proposta da marca italiana.

Fonte: Motor 1

João Delfim Tomé

Apaixonado por automóveis desde sempre, o João divide os seus dias entre as teclas da Razão Automóvel e a chave de parafusos do Lada Niva que está a recuperar.

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