Opel Grandland chega a Portugal. Primeiras impressões e preços

Para ter um primeiro contacto com um novo modelo da Opel, o melhor cenário é mesmo a fábrica de Rüsselsheim, onde nasceram os automóveis mais históricos da marca. O novo Opel Grandland, no entanto, não é um deles.

O novo SUV da marca do Blitz foi totalmente concebido e projetado em Rüsselsheim, é certo, mas a sua produção acontece a cerca de 200 km de distância, em Eisenach. É nesta cidade alemã que está localizada uma das principais fábricas da Opel e na qual acaba de ser efetuado um investimento em torno dos 130 milhões de euros.

É um valor avultado, mas que inclui todas as modificações necessárias para a produção em série do novo Opel Grandland, o primeiro da marca a assentar na nova plataforma STLA Medium da Stellantis. Além disso, na fábrica de Eisenach também já são produzidas todas as baterias destinadas aos veículos produzidos aqui.

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O Opel Grandland é, por isso, um modelo de grande importância para a marca e isso é visível não só nos avanços da sua linha de montagem, como nas novidades estéticas do maior dos SUV da Opel.

Estilo mais sofisticado

Depois da introdução do Opel Vizor — a nova identidade visual dos modelos da marca — o Opel Grandland é um dos primeiros a incorporar esta solução desde o início do seu desenvolvimento. Na moldura dianteira horizontal de tom negro, o logótipo central passa a estar iluminado e faz parte de uma estrutura tridimensional que inclui uma faixa horizontal em LED em toda a sua largura.

Para a secção traseira foi também adaptado o Opel Vizor, com a barra horizontal em LED. Ao centro, no entanto, em vez do histórico, mas estilizado Blitz, que acompanha os modelos da Opel há quase 95 anos — numa história que já se prolonga por 125 recheados aniversários —, estão agora apenas as quatro letras que compõem o nome da marca. Ainda que também já estejam incluídas numa estrutura tridimensional e sejam iluminadas.

De forma a reforçar o visual mais moderno do Grandland, a Opel também dispensou a presença de todos os cromados e frisos desnecessários. A designação do modelo na tampa da bagageira está gravada em relevo na chapa e as molduras das janelas também têm um desenho mais uniforme.

Em modo família

No habitáculo, a maior novidade é o enorme ecrã de comando tátil (16”) que vemos no centro do tabliê. Ao volante, a posição de condução é boa e os assentos — certificados pela AGR em termos de ergonomia — oferecem um bom apoio e nível de conforto.

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Por se tratar de um SUV familiar, é claro que o espaço disponível no habitáculo é um tema bastante importante. No entanto, sentámo-nos na fila traseira e podemos dizer que o Opel Grandland transporta cinco pessoas sem problema. Tanto a medida em altura como a do espaço disponível para as pernas são mais que suficientes. Na bagageira, há 550 litros de volumetria disponível num espaço que tem mais de um metro de largura.

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De uma forma geral, o que mais recordamos deste primeiro contacto com o Opel Grandland é o trabalho efetuado pela marca com o objetivo de deixar o habitáculo à prova de ruído. Graças a isso, a grande a maioria dos ruídos indesejáveis fica lá fora e não existem ruídos parasitas. Ao volante da versão 100% elétrica e em bom piso, o silêncio impera.

Ao volante do Grandland

A versão que tivemos oportunidade de conduzir durante mais tempo foi a Hybrid, com um enorme potencial para o nosso mercado. Apesar do nome, trata-se efetivamente de um mild-hybrid 48 V.

O sistema já é conhecido de outros modelos da Stellantis e combina um motor turbo a gasolina de três cilindros com 1,2 l de capacidade e 136 cv, e um elétrico de 29 cv. Não adianta somar as potências: são 136 cv de potência máxima.

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Apesar de ser efetivamente um mild-hybrid, este já permite funcionalidades mais avançadas. Por exemplo, a vertente elétrica do sistema consegue locomover o carro durante algum tempo, em piso plano, algo que não acontece com outros sistemas semelhantes.

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O resultado, como esperado, está nas médias de consumo mais comedidas que este novo SUV da Opel conseguiu registar. Ainda assim, para o colocarmos à prova, teremos de aguardar por um teste mais demorado e detalhado nas estradas e trajetos que conhecemos melhor. Este primeiro contacto foi demasiado breve para tirar conclusões definitivas.

Versões já disponíveis

Os preços do novo Opel Grandland já tinham sido anunciados há uns dias. No entanto, há umas versões que chegam primeiro que outras.

Já disponível para encomenda, o Grandland Hybrid conta com um preço base de 36 100 euros, no nível de equipamento Edition, o mais baixo. Se subirmos para o nível GS, com mais equipamento, o valor de entrada é de 39 800 euros.

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A grande novidade desta geração é a introdução de uma opção 100% elétrica, que também já está disponível. Conta com um motor (dianteiro) de 157 kW (214 cv) e uma bateria de 82 kWh. A autonomia máxima é de até 583 km (WLTP), com médias de consumo de 17,8 kWh/100 km (WLTP). Por agora, está apenas disponível no nível GS, com um valor de entrada de 49 850 euros.

A gama vai continuar a crescer, prevendo-se novas versões para o outono de 2025. O Grandland Electric poderá ser configurado com duas outras baterias: 73 kWh e 97 kWh. A primeira permitirá um preço mais baixo em 1100 euros, enquanto a segunda vai estender a autonomia até aos 700 km.

Também prevista para o outono de 2025, uma das maiores novidades será o Opel Grandland Plug-in Hybrid, capaz de oferecer uma autonomia máxima em modo 100% elétrico de 87 km (WLTP). Este sistema combina os préstimos de um motor de combustão — a gasolina, sobrealimentado, com 150 cv de potência — e de um elétrico com 125 cv. A potência combinada é de 195 cv.

Quanto a preços, os valores ainda podem mudar, mas para o Grandland Plug-in Hybrid, a Opel adianta um valor de entrada de 43 850 euros para a versão Edition e de 47 550 euros para o mais equipado GS.

André Mendes

Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

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