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Greve dos motoristas de matérias perigosas: fica a saber onde abastecer

A quatro dias de nova greve dos motoristas de matérias perigosas e depois de o Governo ter decretado os serviços mínimos, fica a saber onde podes abastecer.

Área Serviço sem Combustível.
© Diogo Teixeira / Razão Automóvel

Depois de ver goradas as tentativas de voltar a sentar à mesma mesa sindicatos e patrões, o Governo decretou ontem os serviços mínimos em preparação para mais uma greve dos motoristas de matérias perigosas.

Depois de uma semana em que a venda de combustível subiu 30% e em que alguns postos chegaram a comprar o quádruplo do combustível, o Executivo de António Costa estabeleceu os serviços mínimos em 100% para portos, aeroportos, aeródromos, instalações militares, proteção civil, bombeiros, forças de segurança, hospitais e emergência médica.

Já os transportes de passageiros (rodoviário, ferroviário e fluvial), os setores das telecomunicações, água e energia, os serviços de transporte de medicamentos e bens destinados a prisões, instituições de solidariedade, instituições para pessoas idosas e crianças e o transporte de bens alimentares e primeira alimentação para animais têm serviços mínimos de 75%.

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Por fim, com serviços mínimos de 50% ficam os postos de combustíveis regulares e “o abastecimento de gasóleo colorido e marcado e o abastecimento de combustíveis destinados a postos privativos ou cooperativos de empresas de transportes rodoviários de mercadorias”.

Onde abastecer?

Tendo decretado, preventivamente, o estado de emergência energética, o Governo estabeleceu ainda que a Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA) vai contar com serviços mínimos de 100%, contando esta rede com 374 postos: 54 destinados a veículos prioritários e 320 para o público em geral. Consulta a lista:

Tal como aconteceu na última greve, já foi lançado um site onde podes consultar os postos de combustível da rede de emergência e a se este têm ainda combustível ou se já há alguma rotura de stock.

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As reações aos serviços mínimos

Tal como era expectável, as reações aos serviços mínimos decretados pelo Governo não se fizeram esperar. Assim, a ANTRAM considerou a ação do Executivo “uma medida cautelar correta” com o porta-voz da associação, André Matias de Almeida, a afirmar que “Cinquenta por cento é mais do que justo” e que “é uma greve contra os portugueses, mais do que contra as empresas”.

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Já do lado dos sindicatos, a UGT afirmou estar do lado do Governo, declarando que “o Governo fez o que lhe competia” e que a “greve é desproporcionada” mas que os serviços mínimos estabelecidos “não fazem os motoristas perder”.

Quanto ao SIMM (Sindicado Independente dos Motoristas de Mercadorias), o porta-voz Anacleto Rodrigues afirmou que o sindicato vai tentar a “impugnação dos serviços mínimos”.

Por fim, a FECTRANS afirmou: “No contexto desta greve por tempo indeterminado e da campanha desenvolvida em torno dela, o Governo determinou o despacho de serviços mínimos, que na prática são serviços máximos, que pela sua dimensão limitam esse direito por parte dos trabalhadores do setor”.

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