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CEO da Renault alerta que indústria europeia poderá pagar 15 mil milhões em multas

Luca de Meo, CEO do Grupo Renault, mostrou-se preocupado com a realidade que a indústria automóvel europeia vai ter de enfrentar já em 2025.

Luca de Meo, diretor executivo da Renault, no Salão de Genebra
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O aviso foi feito por Luca de Meo, diretor executivo do Grupo Renault, que alertou para o que pode acontecer caso a procura pelos automóveis 100% elétricos continue a abrandar na Europa.

Segundo o «patrão» da Renault, caso não exista uma inversão nesta tendência, os construtores automóveis europeus podem enfrentar um total de 15 mil milhões de euros em lutas por ultrapassarem as metas para as emissões de carbono.

Até porque em 2025, os construtores vão enfrentar metas de emissões de carbono ainda mais «apertadas» na União Europeia, com o limite de emissões médias das vendas de automóveis novos a descer de 115,1 g/km (ou 95 g/km, de acordo com o ciclo NEDC) em 2024 para apenas 93,6 g/km (ciclo WLTP).

“Se os elétricos permanecerem ao nível atual, a indústria europeia poderá ter de pagar 15 mil milhões de euros em multas ou desistir da produção de mais de 2,5 milhões de veículos”, afirmou Luca de Meo, no passado dia 7 de setembro, à radio francesa France Inter, citado pela Automotive News Europe.

“A velocidade de crescimento dos elétricos é metade do que precisaríamos que fosse para atingir os objetivos que nos permitiriam não pagar multas”, acrescentou o italiano, que também é presidente da ACEA, a Associação Europeia de Construtores de Automóveis.

União Europeia emissões
A partir de 2025, as emissões médias de CO2 dos veículos novos têm de ser reduzidas em 15% relativamente aos limites de 2021. Isto traduz-se numa média de 93,6 g/km (ciclo WLTP). 

Importa notar que exceder os limites das emissões de carbono pode levar a multas no valor de 95 euros por cada grama de CO2 por quilómetro em excesso, sendo que esse valor é depois multiplicado pelo número de carros vendidos pela marca em questão.

Naturalmente, e tal como Luca de Meo deixa antever, isto pode resultar em multas de várias centenas de milhões de euros para alguns construtores, resultando nos tais 15 mil milhões de euros que o diretor executivo do Grupo Renault acredita que podem ser aplicados à indústria automóvel europeia.

Está toda a gente a falar de 2035, daqui a 10 anos, mas devíamos estar a falar sobre 2025, porque já estamos em dificuldades.

Luca de Meo, diretor executivo do Grupo Renault e presidente da ACEA

“Precisamos de ter alguma flexibilidade. Estabelecer prazos e multas sem ser capaz de tornar isso mais flexível é muito, mas mesmo muito perigoso”, atirou.

Fonte: France Inter e Automotive News Europe