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Luca di Montezemolo: “tirando a Ferrari o automóvel italiano já não existe”

Apesar de ainda haver várias marcas italianas, Luca di Montezemolo considera que o "automóvel italiano" já não existe.

Luca di Montezemolo ao lado do Ferrari 458

A entrevista de Luca di Montezemolo ao Corriere dela Serra era suposto servir para relembrar Sergio Pininfarina, mas o antigo presidente da Fiat e da Ferrari não se limitou a recordar o famoso designer.

Em declarações à publicação transalpina, Montezemolo traçou um retrato negro da indústria automóvel italiana, afirmando que: “o automóvel italiano já não existe. Só a Ferrari se mantém”.

Apesar de marcas como a Fiat, a Maserati, a Lamborghini, a Alfa Romeo e até a Lancia continuarem a estar presentes no mercado e a produzir automóveis em Itália, Luca di Montezemolo já não as considera italianas.

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Fiat 500 vista dianteira 3/4 e vista lateral
Apesar de produzir o novo 500 elétrico em Mirafiori, a Fiat já não é considerada uma marca italiana por Montezemolo.

Segundo o antigo presidente da Fiat e da Ferrari a “Lamborghini é alemã”, numa referência ao facto da marca de Sant’Agata Bolognese estar há muito inserida no Grupo Volkswagen.

Quanto à Stellantis, Luca di Montezemolo afirmou: “a Stellantis é um grupo francês, não italiano”. Por essa razão insiste que a Fiat é uma marca francesa e, apesar de não se referir à Lancia e à Maserati, tudo leva a crer que, ao estarem integradas no novo gigante, também as veja como gaulesas.

Recorde-se que a Stellantis resultou da fusão equitativa entre a PSA e a FCA. Por essa razão, não se pode considerar que a empresa liderada por Carlos Tavares seja «mais francesa do que italiana».

Turim é uma sombra do que já foi

Se para Luca di Montezemolo já não há carros italianos, então não é de admirar que a sua opinião acerca de Turim, a «capital» da indústria automóvel transalpina, não seja particularmente favorável.

Apesar dos recentes investimentos da Stellantis na fábrica de Mirafiori, Montezemolo considera que “resta pouco ou nada” da cidade de Turim industrializada de outrora.

Segundo o executivo italiano, a cidade perdeu o seu papel de líder na indústria automóvel, tornando-se num “território triste e quase deprimido” e num retrato do estado da indústria automóvel italiana.

Por isso, Luca di Montezemolo reforçou que “com exceção da Ferrari, o carro Made in Itália já não existe” e relembrou que até muitos dos carroçadores de Turim também desapareceram.

Entre os mais conhecidos, a Bertone, Pininfarina e Italdesign, estão hoje nas mãos de outras empresas e longe do papel referencial que outrora tiveram em definir design automóvel.

Fontes: Corriere dela Serra e Quattroruote

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Qual foi o primeiro modelo a contar com um sistema start-stop?
Oops, não acertou!

Pode encontrar a resposta aqui:

O sistema START-STOP já era utilizado pelo FIAT Regata ES em…1982!