A magia de Fabian Oefner: modelos míticos como nunca antes vistos!

Caros leitores, é com muito prazer que o Razão Autómóvel, vos traz mais um evento, de agenda cultural a não perder, para os “petrol” e “gearheads”.

Hoje trazemos-vos mais uma exposição, no mínimo, muito interessante e também desconcertante. Claro que para os que pelas mais diversas razões não possam dar um salto até Genebra, nós aqui no Razão Automóvel vamos dar-vos a conhecer um pouco mais sobre esta exposição, com a limitação óbvia de que não a podemos reproduzir com muita pena nossa. Mas deixamos-vos aqui o “making of” da exposição, para que possam dar um vista de olhos.

Antes de mais, comecemos por conhecer um pouco do artista Fabian Oefner de 29 anos, nascido na Suíça. Fabian é um investigador curioso, fotógrafo e artista, cujo trabalho devaneia por entre a arte e a ciência.

As suas fotografias únicas e criativas, tentam capturar a essência dos fenómenos naturais que ocorrem no nosso dia a dia, como a ondas de som, forças centrípetas, iridescência e as propriedades únicas dos materiais magnéticos e ferro líquidos. Para Fabian Oefner, a interpretação da sua arte através da exploração das facetas poéticas do mundo natural, nunca antes vistas, constituem o convite, que segundo Fabian Oefner, representam e passo a citar: “Parar por um momento e apreciar a magia que nos rodeia constantemente”.

A exposição de Fabian Oefner, pode ser vista desde o dia 27 de novembro de 2013, na MB&F M.A.D Gallery (galeria de peças de arte mecânicas). A M.A.D Gallery situa-se na rua Verdaine em Genebra, Suíça e conta com diversas exposições de peças horológicas mecânicas, vindas de artistas do mundo inteiro.

O que podemos esperar da exposição de Fabian Oefner?

Temos de separar a exposição de Fabian Oefner em 2 exposições distintas, o nascimento dos modelos históricos e a morte dos mesmos. Dito isto, temos 2 mundos diferentes da dimensão artística do trabalho de Fabian Oefner, onde começamos pelos moldes em gesso do Ferrari 250GTO de 1962. Na foto captada por Fabian Oefner, temos a representação do eclodir do 250GTO, como se de um ovo de gesso estivesse a sair. De frisar que na exposição para além da foto, podem contar com uma reprodução sonora que Fabian Oefner, gravou com um microfone e que reproduz o partir do gesso como de um vidro a estilhar se tratasse.

Na outra secção da exposição – a morte de carros históricos – podemos contar com maravilhosas fotografias de vistas explodidas, de modelos como o Mercedes 300SL de 1954, o Jaguar E-Type de 1961 e o magnifico Ferrari 330P4 de 1967. Fabian Oefner revela-nos que o que nós vemos nestas imagens, é aquilo que nunca iríamos presenciar na vida real.

Segundo Fabian Oefner, “Existe um prazer único, quando se constrói artificialmente um momento. Parar esse momento no tempo é estupefato!”

Não poderíamos estar mais de acordo. O trabalho de Fabian Oefner é espectacular, pela essência que consegue captar e pela imagem perplexa que nos leva a fixar o olhar e a tentar perceber a quantidade de pequenas peças que fazem parte destas máquinas do passado. Um trabalho artístico que vale bem a pena e que é diferente do que já vimos e a forma como podemos apreciar os objectos imortalizados no tempo através da fotografia, faz de Fabian Oefner, um artista a ter em conta no futuro.

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Ricardo Neves

Tem no ADN a paixão por automóveis. Atingiu na formação como mecânico de automóveis o nirvana do viver e respirar técnica automóvel.

Apresentação, Fabian Oefner