Este McLaren P1 está à venda, mas não é igual aos outros. Porquê?

Com apenas 300 exemplares produzidos, o McLaren P1 é, por si só, um modelo raro. No entanto, na escala de raridade, os protótipos usados no seu desenvolvimento, identificados com as letras XP e dois algarismos, como acontece com este P1 XP05, são o ainda mais.

Senão vejamos, ao todo foram produzidos 14 McLaren P1 “XP” (de experimentais). Como protótipos de desenvolvimento que eram, a grande maioria viria a ser destruída no processo de desenvolvimento (a maioria em crash tests), sendo que ao todo restaram apenas cinco sobreviventes.

Ora, a unidade de que te falamos e que foi colocada à venda pela Tom Hartley Jnr pela “módica” quantia de 1,35 milhões de libras (cerca de 1,46 milhões de euros) é precisamente uma dessas cinco, mais precisamente a quinta, daí a designação McLaren P1 XP05 e se há coisa que não lhe falta é… história.

A(s) vida(s) do McLaren P1 XP05

Originalmente usado para o desenvolvimento da caixa de velocidades e do sistema de injeção da Bosch, em 2015 o P1 XP05 serviria também como “show car”, tendo surgido nos Salões de Genebra e Nova Iorque com as roupagens do GTR.

Após esse período, retornou à McLaren, onde foi totalmente desmontado e novamente reconstruído, a um nível ainda mais elevado que os outros P1 de produção — se o chassis desta unidade ainda é testemunha da sua função como protótipo de desenvolvimento, todos os outros componentes (desde a carroçaria ao motor), foram verificados, substituídos se necessário e novamente montados.

De acordo com as indicações disponíveis no site da Tom Hartley Jnr, a escolha da cor (o famoso laranja da McLaren, também conhecido como Papaya Orange) ficou a cargo do primeiro proprietário deste P1 XP05, sendo que este encomendou também vários opcionais da MSO.

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Segundo o anúncio, o primeiro proprietário deste McLaren percorreu apenas 300 milhas (cerca de 482 km) com o carro, tendo-o vendido em 2017 ao seu segundo (e atual) dono que apenas acrescentou 53 milhas (cerca de 85 km) ao valor apresentado no odómetro.

Dado ser um P1, uma parte da santíssima trindade, e a história que carrega, mesmo tendo nascido como protótipo de desenvolvimento, não admira o preço.

João Delfim Tomé

Apaixonado por automóveis desde sempre, o João divide os seus dias entre as teclas da Razão Automóvel e a chave de parafusos do Lada Niva que está a recuperar.

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