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Portugal dos carros velhos. Idade média continua a subir

Os números da ACAP não deixam dúvidas: apesar da subida de vendas dos automóveis novos, a idade média do parque automóvel continua a subir.

Autoestrada com filas de trânsito
© Razão Automóvel

Em 2023 a idade média dos automóveis ligeiros de passageiros em circulação nas estradas portuguesas chegou aos 13,6 anos — em 2022 era de 13,4 anos. Nos ligeiros de mercadorias e pesados o cenário é ainda mais grave: a média já atinge os 15 anos.

Os números foram dados a conhecer pela ACAP (Associação do Comércio Automóvel de Portugal) no seu balanço anual do mercado automóvel nacional.

Apesar de o número de automóveis novos matriculados em Portugal ter aumentado 26% face a 2022, a verdade é que o parque automóvel nacional continua a envelhecer.

Gráfico que compara idade dos automóveis ligeiros de passageiros entre 2000 e 2022.
© ACAP Em pouco mais de 20 anos, a idade média do parque automóvel nacional quase que duplicou.

Dos 5,6 milhões de automóveis em circulação, 63% têm mais de 10 anos (dados de 2021). Talvez mais sintomático seja o facto de haver aproximadamente 1,5 milhões de automóveis em circulação com mais de 20 anos, ou seja, 26% do total do parque circulante (e 25 pontos percentuais acima do registado no ano 2000).

Veículos usados importados

A contribuir para o envelhecimento do parque automóvel está a importação de veículos usados, que voltou a crescer em termos absolutos em 2023. Ainda que, em termos relativos, a correspondência destes em relação à matriculação de automóveis novos ter descido de 67,1% em 2022 para 54,9% em 2023.

No total foram importados aproximadamente 110 mil veículos usados em 2023, mas é a idade média destes que mais faz soar os alarmes: 8,3 anos. Uma subida expressiva relativamente a 2022, quando a idade média dos usados importados tinha sido de sete anos.

A larga maioria dos veículos usados importados em 2023 — 44% —, apresenta uma idade entre os seis e os 10 anos.

ACAP propõe soluções

De forma a mitigar o envelhecimento do parque automóvel nacional, a ACAP reforçou a sugestão da reintrodução dos mecanismos ao incentivo de abate de veículos em fim de vida (VFV), “de forma a acelerar a substituição dos veículos convencionais mais antigos e poluentes por veículos de baixas emissões”.

Sendo que a Associação reforça ainda a importância de substituir os VFV “com emissões médias de 170 g/km de CO2“, por “veículos com emissões médias de 95 g/km (incluindo elétricos, híbridos plug-in e veículos a gasolina e gasóleo)”.

“(…) o incentivo ao abate vai resultar numa poupança energética de 3,2 milhões de litros de combustível/ano, o equivalente a 33 200 barris de petróleo. Em emissões, irão registar-se menos 10 800 toneladas de CO2 ao ano.”

ACAP
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Fonte: ACAP

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