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China e UE alcançam “consenso técnico” para alternativa às tarifas de importação

Há progressos nas conversações entre a União Europeia e a China para encontrar uma alternativa às tarifas sobre os elétricos produzidos na China.

MG Marvel R, fremte
© MG

As tarifas adicionais de importação sobre os elétricos produzidos na China estão em vigor desde o final do mês de outubro, mas nos bastidores, a União Europeia (UE) e a China continuam a dialogar para encontrar novas soluções.

E após vários encontros infrutíferos, foram registados progressos nas últimas negociações, ocorridas entre 2 de novembro e 7 de novembro, com os dois blocos a alcançarem um “consenso técnico”, de acordo com uma publicação na rede social chinesa Weibo, numa conta afiliada da CCTV (China Central Television), avança a Bloomberg.

Tesla Model 3 Performance dianteira
© Pedro Alves / Razão Automóvel Não são apenas os elétricos das marcas chinesas os afetados pelas tarifas de importação da UE. O Tesla Model 3, produzido na China, também o é. Mesmo assim, a Tesla é o construtor com a penalização mais baixa: 7,8%. A SAIC (dona da MG) tem a mais alta: 35.3%.

O objetivo destas conversações é o de mitigar o impacto das novas tarifas de importação ou até eliminá-las — fique a saber quais as marcas e modelos afetados pelas tarifas.

Compromisso de preços

A solução que está em «cima da mesa» para tomar o lugar das tarifas tem sido chamada de “compromisso de preços” e refere-se a um mecanismo complexo para controlar os preços e os volumes de exportação dos elétricos produzidos na China.

“O consenso sobre o quadro de compromisso de preços refere-se a alguns acordos alcançados por ambas as partes nesta ronda de negociações sobre o quadro geral, o que também indica que ambas as partes estão dispostas a concentrar os seus recursos na negociação de interesses essenciais e a lutar pelo mesmo objectivo”, avançou a CCTV no último sábado, citando pessoas que não identificou.

As negociações entre a UE e a China vão continuar esta semana. Caso não cheguem a acordo, as tarifas de importação adicionais — que podem chegar aos 35,3% e são adicionadas à tarifa regular de 10% —, irão manter-se em vigor durante cinco anos.

Fonte: Bloomberg