Notícias Trump suspende tarifas contra Canadá e México. O que se passou?

Mercado

Trump suspende tarifas contra Canadá e México. O que se passou?

Os EUA suspenderam temporariamente as tarifas de importação contra o Canadá e o México, mas não a China. E onde fica a União Europeia no meio disto?

Donald J. Trump
© Donald Trump (facebook)

Ontem demos a notícia de que as tarifas de importação dos EUA contra o Canadá e o México iam avançar e em como vão afetar a indústria automóvel. Mas hoje a notícia é outra: as tarifas foram suspensas temporariamente.

Donald Trump, o presidente dos EUA, suspendeu ontem, por 30 dias, as tarifas de importação contra os países vizinhos, após ter chegado a acordo tanto com o Primeiro-Ministro do Canadá, Justin Trudeau, como com a Presidente do México, Claudia Sheinbaum. Em causa estão medidas acordadas relacionadas com a imigração e contra o tráfego de fentanil.

Todos os artigos

Toyota Tacoma TRD em drift sobre terra
A Toyota Tacoma é produzida no México e exportada para os EUA. Representa 10% do total de volume de vendas da Toyota nos EUA.

Porém, as tarifas de 25% ainda podem voltar após os 30 dias. Ontem vimos como múltiplos construtores poderão ser afetados, ao ter fábricas de automóveis e motores tanto no Canadá como no México, que exportam, sobretudo, para os EUA. E nem os construtores norte-americanos estão imunes a estas tarifas.

As tarifas de importação dos EUA contra o Canadá e o México foram suspensas temporariamente, mas as da China não. A partir de hoje, os produtos chineses são taxados adicionalmente em 10%.

Em resposta, a China aplicou tarifas adicionais a vários produtos americanos, como uma de 15% sobre o carvão e gás natural liquefeito e 10% sobre o crude e máquinas agrícolas.

E a União Europeia?

No mesmo dia, Donald Trump voltou a ameaçar a União Europeia (UE) com tarifas de importação adicionais, mas não avançou com datas finais, apenas afirmando que chegarão “brevemente”.

Indústria

Emissões, chineses e tarifas. UE e indústria estão à procura de soluções

Ursula von der Leyen, presidente da CE, iniciou ontem a primeira de várias reuniões com representantes da indústria automóvel para encontrar soluções para os desafios que enfrenta.

Mariana Teles

Em declarações aos jornalistas Trump disse: “Eles não aceitam os nossos carros, não aceitam os nossos produtos agrícolas, quase não aceitam nada, e nós aceitamos tudo deles. Milhões de carros, quantidades enormes de alimentos e produtos agrícolas.”

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, disse que a UE iria “responder de forma firme” caso as ameaças de tarifas do Presidente Donald Trump se concretizem.

Entretanto, no meio desta troca de ameaças e avanço e recuo de tarifas, está uma indústria automóvel (e outras) a ter de lidar com elevados níveis de imprevisibilidade e até volatilidade.