Notícias Memorizem estas três marcas. Dongfeng, Voyah e M-Hero chegaram a Portugal

Mercado

Memorizem estas três marcas. Dongfeng, Voyah e M-Hero chegaram a Portugal

Numa primeira fase, o ponta de lança da Dongfeng em Portugal será o pequeno BOX. Um utilitário 100% elétrico que custará 26 750 euros.

Não há duas sem… cinco. Depois da BYD e da Xpeng, a Salvador Caetano acaba de adicionar três novas marcas chinesas ao seu portefólio. Na verdade, trata-se apenas de uma marca, a Dongfeng, que se subdivide em outras duas marcas: a Voyah e M-Hero.

Parecem muitas marcas — são de facto muitas marcas… —, mas cada uma terá um posicionamento distinto para não haver confusões. A Dongfeng será a marca generalista do grupo, responsável por concretizar o maior volume de vendas.

Por isso, numa primeira fase as atenções vão estar centradas no Dongfeng Box, um utilitário 100% elétrico com 95 cv de potência e mais de 300 km de autonomia, cujo preço base será de 26 750 euros (na imagem em destaque).

Voyah free
O Voyah Free é o SUV topo de gama da Dongfeng. Na versão mais equipada o preço poderá superar os 80 mil euros.

A Voyah será a marca mais exclusiva, com uma oferta concentrada em modelos SUV cujos preços podem superar os 80 mil euros.

O objetivo da Voyah está traçado: concorrer com marcas como a Lexus, Audi, Mercedes e Volvo, acenando aos potenciais clientes com níveis de equipamento, potência e autonomia iguais ou superiores à concorrência.

Finalmente, a M-Hero, cujo produto bandeira é um SUV 100% elétrico com mais de 1080 cv de potência e baterias de 152 kWh de capacidade. Um modelo capaz de superar muitos obstáculos, exceto um: devido ao peso em ordem de marcha acima das 4 toneladas, em Portugal, só pode ser conduzido com carta de pesados.

m hero suv dongfeng
As formas do M Hero I recordam um veículo militar. Foi precisamente na produção desse tipo de veículos que a Dongfeng iniciou a sua atividade em 1969.

Ambições moderadas

A Dongfeng e a VOYAH chegam a Portugal ainda este ano, contando com seis concessionários de norte a sul do país, pelo menos, numa primeira fase.

O objetivo é atingir uma cobertura total do território nacional até ao final de 2025. Na prática, uma estratégia muito similar à da BYD, que em poucos meses conseguiu uma cobertura total no continente e ilhas.

É neste Dongfeng Box que recai a maior previsão de vendas da marca. “Temos preço, equipamento e qualidade” afirmou Luís Santos, COO da marca em Portugal.

Se tudo correr como a Salvador Caetano prevê, as marcas sob a alçada da Dongfeng deverão vender cerca de 1000 unidades em 2025, subindo para 2000 unidades/ano em 2026 — o que representará uma fatia de 2% do mercado nacional.

A não perder Quanto tempo falta para um carro chinês liderar as vendas em Portugal?

“O nosso objetivo não é crescer rápido, é crescer bem”, afirmou Luís Santos, COO da Dongfeng em declarações à Razão Automóvel. Uma estratégia que, no futuro, não passará apenas pelos 100% elétricos, “também teremos veículos híbridos com tecnologia Dongfeng no nosso portfólio”, afirmou o mesmo responsável.

Para alcançar estes números, a Dongfeng vai ter oito modelos à venda em Portugal. O anúncio foi feito por Luís Santos, COO da Dongfeng em Portugal.

A apresentação decorreu ontem, em Lisboa, perante uma plateia constituída maioritariamente por concessionários, representantes da marca e jornalistas.

Um gigante chamado Dongfeng

Praticamente desconhecida na Europa, a Dongfeng — cujo capital pertence maioritariamente ao Governo de Pequim — é uma das marcas chinesas mais antigas da atualidade. Fundada em 1969, iniciou a sua atividade com a produção de veículos para fins militares. Hoje, é um dos principais construtores de automóveis chineses.

O Voyah Courage é o modelo mais recente da marca.

Em 2023, produziu 2,42 milhões de veículos — em termos comparativos, o equivalente a cerca de 1/3 da produção global do Grupo Volkswagen — dos quais 231 000 veículos foram exportados para mais de 100 países. É um número que a Dongfeng quer aumentar, e a Salvador Caetano Auto será a empresa responsável pela presença destas três marcas na Península Ibérica.

Relativamente aos planos de expansão industrial, a Dongfeng tem planeada a construção de uma fábrica na Europa, cuja localização final ainda não foi anunciada.